Acervo Jaozin Jaaozinn
Fotografia da
força volante baiana do Tenente Zé Soares (1° em pé à esquerda), possivelmente
no final da década de 1930. Nela, aparecem os volantes João Crispa (2° agachado
da esquerda para a direita) e Teófilo Pires (3° agachado da esquerda para a
direita).
Após seis
longos anos participando da campanha contra o cangaceirismo na região baiana,
tendo como destaque o tiroteio no Raso da Catarina/BA que culminou na morte de
seu sobrinho, o cangaceiro Calais, Teófilo decide dar baixa das forças
policiais em julho de 1938.
Segundo o
depoimento que o mesmo deu para o pesquisador João de Souza Lima, o seu irmão,
Zé Pires, pegou um ladrão que estava roubando ouro e prata na casa de suas
primas. Desconfiou de que o salteador fosse o rapaz por nome José Menezes; ficou
sabendo que o homem estava seguindo viagem e então fez uma emboscada para o
pegar em flagrante, viu os objetos que tinham sido furtados pelo o homem,
porém, o rapaz acabou ficando com os ouros para que não fosse colocado que Zé
Pires era o meliante, levando uma falsa acusação.
Ocorreu uma
certa confusão entre a família Pires e os Menezes sobre o roubo dos utensílios,
chegando ao ponto de que o Capitão Menezes, primo de José Menezes, afirmasse
que o seu parente era um contratado da volante, para que este tivesse o direito
de andar armado.
Por essa
cobertura de seu primo militar, o “ratoneiro” acabou tendo um revólver para a
sua defesa. Em uma mesa de jogo que acontecia no povoado Encozeira/BA, Zé Pires
estava sentado e participando com os demais. De repente, aparece Menezes dando
um tapa no ouvido de Pires. Acabou pensando que fosse um conhecido, porém,
reparou que era o homem que emboscou na estrada. Ao se levantar, viu que José
estava armado, se “acovardando” naquela situação.
Uma semana
depois, em dia de feira, Zé Pires e outro irmão seu, este com um chicote,
aparecem no local. Ergue e fala para Zé: “Quer bater ou quer que eu
bata?". O Pires, que fora recentemente ameaçado por Menezes, pegou o
chicote da mão de seu irmão. Deram uma surra no dito cujo, já caindo no chão na
primeira chicotada.
Dias depois,
Zé Pires junto com o seu primo Antônio Nunes, decidem integrar a força policial
em Chorrochó/BA, para o Sargento Comandante Zé Soares, substituindo o Capitão
Menezes. Chegando no local, Soares acabou tomando as armas dos dois e
apreendendo-os.
Sendo volante
a serviço do Sargento e parente dos presos, Teófilo fora chamado para conversar
com Zé Soares sobre o acontecido. Ao chegar no local, se apresentou e entregou
o seu fuzil, dizendo que não queria mais servir para ele, pois entrou na
polícia para perseguir cangaceiro e não parente seu, e se desligou do batalhão
contra o banditismo no mesmo dia.
Uma/duas
semanas depois, em Chorrochó, ficou encarregado de entregar o armamento do
Estado que estava na casa de seu pai, João Pires, para o Sargento Zé Soares. No
caminho, encontra a tropa do mesmo em direção à Encozeira.
Já na
Encozeira, acabaram soltando o seu irmão e primo da cadeia. Teófilo recebeu um
chamado para ir até a morada do Sargento Comandante. Chegando lá, Soares acabou
falando que seus parentes foram presos por terem deflagrado a munição e o
armamento do Estado.
Ao receber
essa mensagem, Teófilo diz que, se fosse ele, teria dito a verdade. Pois não
foram presos por essa acusação, e sim por terem batido num salteador ladrão de
casa e roubador de utensílios de ouro e prata.
Depois dessa
conversa, Teófilo encerrou o assunto e fora embora da casa do seu já
ex-comandante da força baiana, virando, agora, um paisano da Vila de São José,
em Chorrochó/BA.
𝐅𝐎𝐍𝐓𝐄𝐒:
𝑷𝒆𝒔𝒒𝒖𝒊𝒔𝒂𝒅𝒐𝒓
𝒆
𝑯𝒊𝒔𝒕𝒐𝒓𝒊𝒂𝒅𝒐𝒓
𝑱𝒐𝒂̃𝒐
𝒅𝒆
𝑺𝒐𝒖𝒛𝒂
𝑳𝒊𝒎𝒂;
𝑪𝒂𝒏𝒂𝒍
𝒏𝒐
𝒀𝒐𝒖𝒕𝒖𝒃𝒆
𝑨𝒅𝒆𝒓𝒃𝒂𝒍
𝑵𝒐𝒈𝒖𝒆𝒊𝒓𝒂
- 𝑪𝒂𝒏𝒈𝒂𝒄̧𝒐.
.𝐶𝐴𝑁𝐺𝐴𝐶̧𝑂
𝐵𝑅𝐴𝑆𝐼𝐿𝐸𝐼𝑅𝑂.
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