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sábado, 2 de março de 2024

𝑱𝑶𝑺𝑬́ 𝑨𝑳𝑽𝑬𝑺 𝑫𝑬 𝑴𝑨𝑻𝑶𝑺

José Alves de Matos, o afamado cangaceiro Vinte e Cinco, nasceu no dia 08 de março de 1917, na fazenda Alagoinha, em Paripiranga/BA. Teve cerca de 12 irmãos (oito homens e seis mulheres) no primeiro casamento de seu pai, no segundo, teve mais oito irmãos (cinco homens e três mulheres). Segundo o mesmo, passou quase a sua adolescência trabalhando com a cana-de-açúcar em Itabaiana, Lagarto, São Paulo, Muribeca e Alagadiço, também como guia de cego no Estado de Sergipe com seus 13/14 anos.

Igualmente a família Engrácia e muitas outras, teve parentes cangaceiros, sendo primos e sobrinhos, como Zepellim, Pavão, Santa Cruz, Ventania, Chumbinho, Azulão e Pau Ferro. Em entrevista para Aderbal, fala que o motivo da entrada destes fora por uma surra que seu sobrinho (Zepellim) tomou da polícia, passando três dias de cama.

Já com os seus 16 anos, José foi na localidade mais próxima, em Bebedouro, para que fosse colocado meia-sola em um par de alpercatas. O sapateiro do local era Antônio Passarinho, Cabo de polícia do destacamento da região, e acabou descobrindo que o seu cliente tinha parentesco com bandoleiros que pertenciam aos famosos sub-grupos de Lampião. O jovem foi preso e levado para a delegacia presente. Interrogado com alguns murros e xingamentos, acaba chegando no local a força volante do Sargento Hidelbrando. Soube do rapaz e veio ao seu encontro. Com isso, José Alves acaba implorando para o mesmo que o soltasse, que estaria disposto a entrar na polícia para a persiga dos cangaceiros e caçaria os seus próprios parentes que andavam com Virgulino.

O sargento acreditou na conversa dele e acabou libertando José, porém, falou que estava de olho nele. Em caminhada de um quilômetro na estrada, encontrou o seu sobrinho Pedro Alves de Matos, montado a cavalo e que vinha para buscar seu tio, indo em destino para a casa da irmã de Pedro. Chegando no local, descobrem que os cangaceiros estavam perto da morada, dando encontro com eles.

Eram os grupos de Corisco e Mariano, sendo que Corisco só estava acompanhado de sua companheira, Dadá, e do seu cachorro, Seu Colega. Nesse destino, fora marcado que José Alves de Matos seguiria com Corisco e que Pedro Alves de Matos seguiria com Mariano, ganhando o vulgo de Santa Cruz, no dia 25 de dezembro de 1933. José acaba recebendo o apelido de Vinte e Cinco por Corisco, marcando a data natalina e da entrada do mesmo em seu grupo.

Em discussão com a mulher de Corisco, veio a seguir o bando de Lampião. O já bandoleiro Vinte e Cinco participou de inúmeros combates, como o tiroteio em Pedra D’água/SE, em 1936, onde morreu o cangaceiro Barra Nova.

No famoso 28 de julho de 1938, acabou escapando do combate por estar em missão junto dos irmãos Velocidade e Atividade para pegar uma carga de mantimentos e munições. Esteve presente também no massacre da família Domingos em agosto de 1938. Se entrega junto com o grupo de Pancada em novembro de 1938 em Maceió/AL. Aprendeu a ler e escrever na prisão e, quando saiu, conseguiu o emprego como Guarda Civil no Estado. Se casou com Mariza, tendo sete filhos, gerando netos e bisnetos.

José Alves de Matos, o Vinte e Cinco, morreu aos 97 anos, no dia 14 de junho de 2014, em Alagoas.

𝑭𝑶𝑵𝑻𝑬𝑺: Aderbal Nogueira, Blog João de Souza Lima e Blog do Mendes.

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http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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