Clerisvaldo B. Chagas, 23 de agosto de 2024
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 3.092
Tivemos no
Sertão nordestino basicamente quatro tipos de chapéus: de palha, de couro, de
massa (baeta) de palhinha (Panamá) e boné
Chapéu de
palha. O mais popular de todos, eram encontrados nas feiras, vendidos
pelos artesãos locais, os mesmos que confeccionavam abanos, também de palha.
Devido a abundancia da matéria-prima, era o mais barato de todos e podemos até
afirmar em relação ao preço, era quase de graça. Não aguenta chuva, fica
molenga. Tem muita facilidade para o desgaste e para os rasgões. Era usado
preferencialmente pelo agricultor que trabalhava diretamente nas roças. Sua
preferência, além do preço, era porque a palha não esquenta, permanece frio em
temperaturas altíssima, 30 40 graus. O próprio homem de chapéu de palha não era
valorizado.
Chapéu de
couro. Era usado basicamente pelo vaqueiro e pelo carreiro. Com o tempo,
porém, foram surgindo chapéu de couro de várias cores e muitos enfeites,
permitindo a adesão por outras pessoas que não eram vaqueiros e nem carreiros.
O seu auge foi após sua adoção pelo cantor Luiz Gonzaga. Os cangaceiros usavam
o chapéu de couro em outro estilo.
Chapéu de
massa ou de baeta: Tipos de chapéus utilizados por alguns comerciantes e
algumas outras pessoas de boas condições financeiras. Os da cidade preferiam
abas curtas, os da roça, abas grandes. As marcas básicas desses chapéus
vendidos em lojas de tecidos eram: Prada, Cury e Ramenzoni.
O chapéu de
palhinha ou Panamá: Era mais usado por políticos ou os fazendeiros
chamados “coronéis”.
O Boné: O boné
só foi aparecer e com raridade, com os primeiros motoristas de táxi ou carro de
praça ou com os motoristas de caminhão. Somente a partir das últimas décadas do
Século XX, começou a se proliferar.
Na próxima crônica vamos falar sobre o folclore a respeito desses tipos de chapéus, as piadas, as brincadeiras, o que pensavam cada um sobre eles.
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