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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Ângelo Osmiro...

...e as controvérsias de Sila


Durante a noite Cariri Cangaço - GECC, ocorrida em Fortaleza no dia 6 de dezembro tendo como personagem principal a ex-cangaceira Sila; o pesquisador e escritor Ângelo Osmiro, (Foto) um dos expoentes do debate; trouxe-nos um apanhado de registros que se encontram nos diversos livros que contaram com a colaboração da mesma; Na oportunidade do debate o trabalho apresentado por Ângelo acabaria sendo um dos pontos referenciais e que agora transcrevemos abaixo:
 

A primeira obra em questão é: 
Pág. 25: Sila diz que Zé Baiano a procurou, entretanto foi morto, e em seu lugar apareceu Zé Sereno. (motivo: Morte de Zé Baiano).
Pág. 26: Diz que não foi à festa (organizada pelos cangaceiros); Em outros livros diz que dançou a noite toda com Luiz Pedro. Em “Sila uma cangaceira de Lampião” diz que Zé Sereno foi seu “par inseparável” durante o baile.
Pág. 27: Conta episódio do encontro, onde caiu no riacho, ficou toda molhada. O encontro seria com Zé Sereno. Em “Sila no divã” conta o mesmo episódio sendo o personagem Zé Baiano (primeiro encontro).
Pág. 28: “[...] Respondi-lhe que só possuía vestidos na bagagem”; Sila em vários depoimentos, diz que foi (para o cangaço) somente com a roupa do corpo.

Pág. 29: “Sentia-me como em outro mundo. Triste, isolada de minha família, desiludida e amedrontada, por não conhecer toda aquela gente estranha...”
Pág. 30: “[...] Mulheres, apenas duas: Nenen e eu. Novo Tempo, Mergulhão, Marinheiro eram os três novos cangaceiros”. (Nenen morreu logo nos primeiros dias, seus irmãos só entrariam depois).
Pág. 38: Repete a informação acima (Desta vez em um encontro na casa de um coiteiro).
Pág.53: “[...] No meio dos cangaceiros passaram a me chamar Maria Bonita”. Palavras de Maria Bonita para Sila, segundo ela.
Pág. 54: Diz que o grupo estava constituído de cinco pessoas.
Pág. 60: Ainda contando a mesma história diz que o grupo era constituído de 10 pessoas.
2ª Obra
Pág. 50: Amaury narra encontro de Sila com os cangaceiros: “Ocorreu o encontro com Zé Baiano, ele ficou de voltar para pegá-la, nesse ínterim foi morto em Alagadiço e Sereno voltou e pegou Sila” continua Amaury: “Poucos meses depois em fins de 1936 ou em janeiro de 1937 os irmãos de Sila resolveram entrar no grupo de cangaceiros”.
Pág. 107: “A escuridão da noite envolvia as duas; [...] Somente se avistava pontos vermelhos de cigarro que as duas fumavam”. “Já seriam mais de 21h00min horas quando foram dormir”

Pág. 108: “[...] Sila corria junto com Candeeiro”. “[...] a mulher de Cajazeira, Enedina, juntou-se ao grupo que fugia”


3ª Obra
Pág. 13: A própria Sila, segundo Daniel, fala uma vez que nasceu em 1919 e outra em 1924.
Pág. 16: Surge uma terceira data dita por Sila, em entrevista: “em 1927, aos seis anos”. Então aí teria nascido em 1921?

Pág. 23: Diz ter apenas dez anos quando o pai morreu.

Pág. 35: “[...] aos treze anos, Sila conhece as primeiras emoções”; Diz Sila: “Era bastante desenvolvida para minha idade; mas o olho de meu pai estava presente em todos os lugares”. (O pai não teria morrido quando ela tinha dez anos?)

Pág. 36: “[...] Aos doze anos de idade ouvi falar do cangaço. meu pai temia os cangaceiros, uma vez informado que o bando estava próximo de Poço Redondo, escondeu todos os filhos, protegendo-nos contra qualquer perigo”.

Pág. 93: “Ninguém roubava, pedia. Ninguém entrava na casa dos outros para roubar”. “Eu pessoalmente ajudei muitos pobres”.

Pág. 97: “Candeeiro pedia-me para não deixá-lo ali. baleado na perna o cangaceiro implorava ajuda”.
4ª Obra
Pág. 19: Sila diz que não aceitou as jóias que Zé Baiano a presenteou. (Em outros livros disse que recebeu).
Pág. 20: diz que Zé Sereno voltou no dia seguinte. (em outros livros diz cerca de um mês) revela o motivo de Zé Baiano não levá-la e sim Zé Sereno; foi um desentendimento entre os dois. (Em outros livros diz que nunca soube o motivo).

Pág. 24: Deixa evidente que os irmãos não a acompanharam de imediato.

Pág. 29: “Eu não tinha nenhuma notícia dos meus familiares” (em outros livros também diz que os irmãos estavam com ela?) “[...] Íamos para Poço Redondo e encontramos meus irmãos. Eles disseram a José que estavam sendo perseguidos pelos soldados desde que eu entrara no bando” José respondeu: “Se vocês quiserem entrar para o cangaço, entrem”.

Pág. 30: “Lampião dirigiu-se a eles e disse: Du fica sendo chamado de Novo Tempo, Gumercindo de Mergulhão e Antônio de Marinheiro”. “Fiquei muito satisfeita de agora em diante ter meus irmãos junto de mim”.

Pág. 33: “Zé Rufino da polícia sergipana”.

Pág. 50: "Sila diz que Zé Sereno acabara de conhecer Pedro de Candido e na mesma página diz que Zé Sereno “não gostava daquele coiteiro”.

Pág. 51: "Pedro de Candido voltou ao coito dia 16 de julho (deve ser erro de impressão)"

Pág. 52: Repete a história da luz

Pág. 57: “Foi lido um ofício do presidente Getulio Vargas declarando anistia a todos os cangaceiros que se entregassem (na cidade de Jeremoabo)”.

Pág. 59: Repete hist. Ofício de anistia.

Pág. 89: “Fomos lançar no Juazeiro do padre Cícero, lugar que Lampião tantas vezes andou”.
5ª Obra


Pág. 21: “Aos nove anos perdi meu pai” (também diz que perdeu aos10, aos 9 e aos 13 ainda estava vivo)

Pág. 27: “Zé Sereno meu par inseparável” (no baile de despedida). Em outras obras diz ser Luiz Pedro).

Pág. 28: Diz que seus irmãos a acompanharam desde o primeiro dia. (Em outras obras: dias depois ou meses depois)

Pág. 36: Tenente Zé Rufino da polícia de “Sergipe”.

Pag. 42: Em conversa com Maria Bonita ela teria dito se chamar Maria Déa; Quando entrou no grupo passou a ser chamada Maria Bonita. Reunião com chefes de grupo com a presença de Zé Sereno e Zé Baiano em novembro de 1936, Zé Baiano foi assassinado no dia 07 de julho de 1936.

Pág. 43: O coronel Nogueira queria se apossar das terras de Zé Ferreira, daí Virgolino entrou no cangaço.

Pág. 57: “Lampião invade Nazaré e queima as casas dos Nogueira”

Pág. 59: “[...] A polícia cercou a casa do pai (Zé Ferreira) juntamente com Zé Saturnino a mãe de Virgolino não suporta e morre do coração”.

Pág. 64: “Após a morte de Lampião os companheiros sobreviventes escolheram Zé Sereno para comandante”

Pág. 70: “[...] Botei o fuzil no ombro, cartucheira entupida de balas e toquei...” (arma grande)

Pág. 73: “[...] Descansei o fuzil no meu colo...”

Pág. 75: “[...] Dei um salto e arrebentei a coronha do mosquetão na cabeça do soldado”.

Pág. 76: “costumeiramente passavam alguns dias conosco, Luiz Pedro, Nenen e Zé Baiano”. (Neném não morreu nos primeiros dias?) Morto Lampião, Zé Sereno assume o comando de "200 homens", inclusive Corisco e Dadá, “apesar de estarem afastados de Lampião por divergências”.???

Pág. 77: Sila Identifica amiga Adília como Enedina.

Pág. 80: Confessa ter presenciado a execução

Pág. 96: “[...] O sol desbancava no horizonte quando Maria Bonita me chamou para trocarmos dois dedos de prosa...”

Pág. 98: “[...] Caminhei em direção a tolda, vi novamente a mesma luz...” “[...] Se eu lhe houvesse falado sobre aquela luzinha, tudo teria sido diferente”.
“Um primeiro tiro ecoou matando um companheiro”.
 “Segurei na mão de Enedina e arrastei para o meu lado”.
 “[...] Candeeiro baleado na perna, pedir-me que não o deixasse ali, o cangaceiro implorava ajuda”.

Pág. 102: Entregas: Dulce, Adília e eu permanecemos em Jeremoabo. (Adília dizia ter se entregado em Propriá-se).

Pág. 118: Em entrevista perguntou ao irmão João Paulo: “Você ficou triste quando Marinheiro, Novo Tempo e Mergulhão saíram para nossa companhia.


Ângelo Osmiro
Presidente do GECC, Sócio da SBEC
Conselheiro Cariri Cangaço

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