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sábado, 24 de dezembro de 2011

Dilma e o retrato da mulher coragem

Dilma e o retrato da mulher coragem
Foto: Agência Estado

Foto central no livro A Vida Quer Coragem, do jornalista Ricardo Amaral, lança um poderoso farol sobre a história; esquálida porém forte, presa e no entanto superior, a hoje presidente Dilma Rousseff está diante de uma Justiça Militar de rosto tapado; era 1970 e ela fora torturada 22 dias seguidos
05 de Dezembro de 2011
Marco Damiani_247 – É por isso que eles não querem a Comissão da Verdade. Por um instantâneo como esse que distingue “A Vida Quer Coragem”, do jornalista Ricardo Amaral (Editora Primeiro Plano, com lançamento nacional em 15 de dezembro), e revela, no olhar inquiridor da então presa política Dilma Rousseff, em 1970, toda a superioridade dos que lutaram contra a ditadura sobre a ditadura em si.
band.com.br
Eles não podem mesmo querer essa verdade. Nela vai emergir, entre milhares de outras tantas, a história que Amaral que se propôs a contar e a foto cristaliza para muito além do estupefato da revelação presente. A história de militância política da atual presidente Dilma, retrato pronto e acabado de uma mulher coragem. Não há margem para outra interpretação. Na dúvida, reveja a foto. Porque nela não há retoques. Ali sentada, cercada pelos altos muros de mogno da Justiça Militar, 22 dias após ser torturada em pleno 1970 de ainda não contados mortos e desaparecidos, é ela, Dilma, a esquálida que não perdeu a elegância, a exausta que está forte, a quem por mais que batessem não conseguiram quebrar a alma.
sejaditaverdade.net
Ainda sem trechos divulgados, o livro de Ricardo Amaral já presta o serviço de reposicionar uma discussão que, ao longo dos anos, foi dia a dia tendo sua raiz deturpada. Pelas mentiras escarradas, farsas bem urdidas, conivência dos covardes e franco estímulo dos poderosos, trabalha-se como sendo a mais adequada para todos a versão de que houve uma guerra justa entre esquerda e direita no Brasil, entre guerrilheiros e militares, opositores e regime. Na qual se tratava de matar ou morrer, apenas isso. Procura-se deixar de lado, em nome da cordial conciliação brasileira, os motivos dos opositores e a barbárie praticada pelos executores do golpe de 1964 e seus seguidores carniceiros.
Amiúde, o que se pode esperar do livro é nada menos que o melhor quadro já feito do período decisivo da vida de Dilma, no qual ela jogo a vida e por pouco sobreviveu. Isso porque o Ricardo Amaral que mergulhou no passado da presidente até chegar aos dias de hoje é, todos nos meios políticos sabem, um dos mais capacitados profissionais de seu tempo. Aos fãs de seus textos apurados nas melhores fontes e analisados por sua visão pessoal e experiente, ele parecia meio à sombra, nos últimos tempos, um tantos distante das páginas na grande mídia. Mas é que ele é mineiro e estava tramando essa surpresa que, desde a foto, já ilumina a história e deixa no ar um advertência: quando falarem de Dilma, respeito!
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