Por: Rostand Medeiros
Carlos Augusto de Miranda Gomes – Escritor e Advogado
Tenho ocupado o meu resto de vida com as coisas que dizem respeito à preservação e ao resgate da nossa história.
Neste mister não estou só, mas conto com o auxílio de pessoas idealistas, que colocam à margem os interesses especulativos, capitalistas, ou políticos e se voltam para a busca de uma memória que deve, porque merece, ser preservada.
Perdemos a batalha do Machadão, do que só se ouve os lamentos, mercê das primeiras demonstrações do engodo da expressão: “legado da Copa de 2014”, eis que já publicam notícias do cancelamento da licitação para a contratação milionária de consultorias, no exato momento em que o Tribunal de Contas se preparava para tomar uma decisão, conhecemos problemas de financiamentos e de aprovação de alguns projetos de mobilidade urbana, já confessado pelo Dr. Demétrio.
Os badalados “Presépio da cidade”, bem assim o outro, “Parque da cidade”, não se tornaram realidade e agora existem obstáculos para a conclusão do prolongamento da Prudente de Morais, em nome do meio ambiente, quando 90% da mata atlântica já foi destruída, quando é possível encontrar uma solução mais inteligente e menos danosa, evitando-se mais um elefante branco.
O prato do dia é o “leilão do Juvenal Lamartine”, contestado com veemência por alguns jornalistas, pelos blogueiros (eu me incluo) e pela corajosa pena da
Professora Eleika Bezerra Guerreiro, enquanto a Governadora faz ouvido de mercador, sob o manto de uma suposta legalidade defendida pelo Procurador Geral do Estado, algumas vezes até com expressões de desdém, pontuando que de nada adianta o tombamento por lei municipal, pois isso não impedirá mais um desmanche de parte da nossa história.
Um Governante, um Secretário e, mais precisamente, quando Procurador, deve ter uma visão macro das coisas do Estado, aconselhando as melhores atitudes do Governo, como o fez a ex-Consultora
Tatiana Mendes Cunha, que emitiu Parecer contrário às pretensões do Governo no caso da inspeção veicular, terminando por entregar o seu cargo, não perdendo a sua dignidade.´
É sempre bom lembrar que o Estado é uma ficção jurídica, resultado da vontade do povo – estes os legítimos criadores. E a criatura não pode se voltar contra a vontade do criador.
Por enquanto é válido gritar, enquanto vamos pensando em uma ação popular ou outro meio que possa impedir mais esse despautério que se pretende impingir ao povo do nosso Estado.
Extraído do Blog Tok de História, do historiógrafo Rostand Medeiros
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