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terça-feira, 10 de abril de 2012

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Como o país armou Lampião
Lampião, rei do cangaço

Para combater a Coluna Prestes, marcha de militares revoltosos comandados pelo capitão 


Luis Carlos Prestes, que depois tornou-se líder comunista, o governo se aliou ao cangaceiro Lampião em 1926.

Janeiro: o bandido é convocado

Com a coluna se aproximando do Ceará, Floro Bartolomeu, deputado Federal do Estado, recruta uma força de defesa, os Batalhões Patrióticos, e vai com ela para Campos Sales, CE.

Floro Bartolomeu

Prepara uma carta convocando Lampião e a manda para o Padre Cícero endossar. 


Um mensageiro vai atrás de Lampião. Enquanto isso, Bartolomeu, adoentado, segue para o Rio de Janeiro para se tratar.

Fevereiro: confusão entre inimigos

Mas parece que o Padre Cícero não chegou a receber a carta de Floro Bartolomeu. Lampião cuida de seus interesses pessoais em Pernambuco. Invade a fazenda de um antigo inimigo, mata dois, fere dois e toca fogo na casa do seu inimigo. Saindo desse ataque, no mesmo dia, tem um combate com a coluna, mas pensa que está lutando com a polícia.

Março: defensor público por pouco tempo

Lampião recebe a carta e segue para Juazeiro. Acampa com 49 homens perto da cidade e mais de 4.000 curiosos vão vê-lo. No dia 6, se encontra com o Padre Cícero e recebe uma patente de capitão dos Batalhões Patrióticos, assinada, acredite, por um funcionário do Ministério da Agricultura. Mais tarde esse homem diria que, naquelas circunstâncias, assinaria até a exoneração do presidente. Todos os cangaceiros recebem uniformes e fuzis automáticos. No dia 8, Floro Bartolomeu morre. Lampião parte decidido a cumprir o combinado, mas é perseguido em Pernambuco. Volta para falar com Padre Cícero. Como este não o recebe, interrompe sua carreira de defensor público e retorna a rotina de crimes.

Informações extraídas da Revista:
Super Interessante
Ano: 11
Nº. 6
Junho de 1997 

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