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sexta-feira, 8 de junho de 2012

As veias potiguares do Rei do Baião

Cantor Carlos André

Um potiguar no recomeço

Entre 1974 e 1983, a música de Luiz Gonzaga estava em baixa, estava para ser demitido da gravadora RCA quando o mossoroense Carlos André entrou em cena. 

Palavras do cantor Carlos André

“Trabalhei com ele desde 1960, quando o Trio Mossoró acompanhava Luiz Gonzaga nos shows, mas como eu também era sanfoneiro meus irmãos, João Mossoró (zabumba) e Hermelinda (triângulo), que viajavam mais”, lembrou André.

Carlos André lembrou que, em 1983, foi convidado pelo presidente da gravadora RCA para uma reunião e ficou sabendo que o amigo iria ser dispensado pois há quase uma década ia mal nas vendas. “Disse que dava para contornar a situação, que ia produzir os discos de Luiz Gonzaga, disse que ele fora da praia dele gravando com orquestras e que deveria voltar às origens. Passei mais de uma hora para convencer o presidente a dar uma nova chance”.

O potiguar produziu os discos “Danado de bom” (1984), “Luiz Gonzaga & Fagner” (1984), “Sanfoneiro macho” (1985), “Forró de Cabo a Rabo” (1986) e “De Fiá Pavi” (1987), álbuns que reúnem sucessos que imortalizaram Luiz Gonzaga. “Foi um sucesso atrás do outro. Era uma honra produzir esses discos, principalmente por que comecei imitando Gonzagão. Ele foi meu padrinho de casamento em 1963″.


Casamento de Carlos André tendo Luiz Gonzaga como padrinho, no Rio de Janeiro, no ano de 1963

Atualmente Carlos André trabalha com Fagner no relançamento de todo o acervo de Luiz Gonzaga. A previsão é que os discos cheguem às lojas em setembro, junto com CD de outros artistas que também regravaram Gonzagão e um DVD com depoimentos do próprio artista.

Publicado no Blog: "GrandePonto" em 27 de Maio de 2012

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