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sexta-feira, 8 de junho de 2012

Jackson do Pandeiro

Jackson do Pandeiro

Considerado o Rei do Ritmo, Jackson do Pandeiro nasceu na Paraíba e sempre soube tirar partido, como ninguém, da riqueza musical do Nordeste. Com o pandeiro, instrumento quase inseparável e através do qual demonstrava sua habilidade rítmica, gravou Sebastiana, seu primeiro grande sucesso, em 1953. Integrou o elenco da prestigiada Rádio Nacional, do Rio, na mesma época em que lançou canções como O Canto da Ema e Chiclete com Banana, dois de seus maiores sucessos. No palco, impressionava a todos pela facilidade de cantar diferentes ritmos como baião, coco, samba-coco e rojão, além de marchinhas carnavalescas. Em sua discografia, constam mais de 30 álbuns. Jackson do Pandeiro é tão importante para a música brasileira quanto Luiz Gonzaga e inspirou grandes nomes da MPB, como João Gilberto, Alceu Valença e quase todos os cantores, compositores e bandas do movimento Mangue Beat, do Recife. 

Há 93 anos, nascia Jackson do Pandeiro


Em apenas 29 anos de carreira, o paraibano Jackson do Pandeiro costurou um das bandeiras mais sólidas da música brasileira. Hoje, quando o calendário registra a data do seu nascimento (em 31 de agosto de 1919), seu nome continua sendo venerado e homenageado como um dos maiores ritmistas da Paraíba 28 anos após sua morte (em 10 de julho de 1982).
Na música nordestina, ele está no mesmo patamar que Pixinguinha ocupava no choro entre outros bambas.“Nasci com uma sina de cigarra / Aonde eu chegar, tem farra…”.
Talvez o menino de onze anos de idade tenha despertado seu talento quando acompanhava sua mãe Flora Mourão dando o passo no coco sob o comando do zabumbeiro João Feitosa, na região do Brejo Paraibano.
Cantar só no repertório da música nordestina, sua genialidade com malícia\, malandragem, suingue das emboladas e do coco, entre outros tipos atestam sua criatividade. Nos anos 50, participou como artista de filmes ao lado de grandes nomes como Dercy Gonçalves, Zé Trindade, entre outros, nas fitas: “Batedor de carteira”, “Cala boca, Etelvina”, “Tira a mão daí”, “Viúvo alegre”, entre outras.
Na década de 60, mostrou que também tinha cadência para marcar o passo no carnaval. Gravou com sucesso a música “Me segura que eu vou dar um troço”. Na sua carreira Jackson conviveu com a nata da música brasileira. Além de canções próprias, ele teve como compositores nomes consagrados, como Rosil Cavalcanti, Antonio Barros, Zé Dantas, Elino Julião, Gordurinha, Edgar Ferreira, Genival Macedo, entre outros. Deixou duas viúvas Almira Cavalcanti, sua parceira em gravações de discos e shows, e Neusa Flores dos Anjos, que viveu com ele até o último suspiro.
Sobre sua carreira, Jackson no auge do sucesso declarou: “Eu não queria ser quinto ou quarto baterista.
Por causa do suingue, um fox meio ligeiro que tinha antigamente, eu deixei de tocar bateria. Eu queria ser um baterista que todo mundo se admirasse. Eu toda vida gostei de ser assim. Não gostava de ser o último lugar. Eu gostava de ser segundo pra primeiro, e tal. Então era um baterista que só gostava de tocar a nossa música. Então abandonei e fui trinar um pouquinho de pandeiro. E sempre cantando. Cantando samba, cantando marcha de arrasta-pé, cantando coco, essa coisa toda”. 


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