Publicado
em 03/04/2013 no blog do Rostand Medeiros
Leonid Rogozov
atuando em seu próprio corpo.
Em 29 de abril
de 1961, No 4º mês do inverno, Um médico russo chamado Leonid Rogozov, com 27
anos estava lotado na estação Novolazarevskaya, uma base da extinta União
Soviética na Antártica, onde viveu uma história realmente diferente e fez com
que ele se tornasse famoso em todo mundo.
Em 1959, o
graduado em medicina Rogozov foi imediatamente aceito para fazer a residência
como cirurgião. No entanto, os seus estudos foram postergados por algum tempo
devido à necessidade de realizar uma viagem à Antártica em setembro de 1960.
Ele deveria assumir a função de médico da expedição soviética na estação polar
Novolazarevskaya.
Em uma noite
muito tempestuosa, sem maiores atrativos, Rogozov apresentou sintomas
inquietantes: fraqueza, náuseas, febre e dor na região ilíaca direita. No dia
seguinte, sua temperatura subiu ainda mais. Não tendo nenhuma possibilidade de
chamar um avião e sendo o único médico na expedição composta por 13 pessoas,
Leonid diagnosticou a si mesmo com apendicite aguda.
Uma inusitada
intervenção que foi um sucesso, felizmente!
Naquele lugar
perdido no continente austral, as condições meteorológicas adversas não
permitiriam de forma alguma ele sair dali e não havia aviões em qualquer uma
das estações estrangeiras nas proximidades para realizar a sua remoção.
Sem outro
jeito o cirurgião realizou uma operação de remoção do apêndice nele mesmo.
Na noite de 30
de abril de 1961, o cirurgião foi auxiliado por um engenheiro mecânico e um
meteorologista. Um entregavam a ele os instrumentos cirúrgicos necessários e
outro segurava um pequeno espelho sobre sua barriga para que melhor enxergasse
o processo cirúrgico.
O médico fez
uma anestesia local com solução de novocaína seguida de uma incisão de 12
centímetros na região ilíaca direita com um bisturi. Entre a visão do espelho e
o tato ele removeu o apêndice inflamado e injetou antibiótico na cavidade
abdominal. Mas não foi nada fácil, 30 ou 40 minutos após o início da operação
Leonid sentiu um incipiente desmaio com o formigamento e vertigem que percorreu
todo seu corpo obrigando o cirurgião a fazer algumas pausas para descanso. No
entanto, à meia-noite, depois de 1 hora e 45 minutos de operação, tudo
terminou. Cinco dias depois a temperatura normalizou e dois dias depois os
pontos foram retirados.
Em São
Petersburgo, em um museu dedicado as atividades russas nos continentes Ártico e Antártico, há uma exposição dos
instrumentos cirúrgicos usados por Leonid Rogozov naquela operação.
Fonte – http://ads.tt/4w0dxA
http://tokdehistoria.wordpress.com/
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