Por Clerisvaldo B.
Chagas, 6 de agosto de 2013. Crônica Nº
1062
Abrimos espaço
para a matéria publicada no jornal impresso Gazeta de Alagoas, pag. “D” 16, do
conceituado jornalista Walmir Calheiros, em edição do dia 28 de julho de 2013,
especial para a Gazeta:
O rei abatido na fase
aguda do movimento, governador Osman loureiro pôs fim ao cangaço.
HÁ EXATOS 75
ANOS MORRIA LAMPIÃO
Obra
de autores alagoanos traz todos os episódios conhecidos no Estado para tentar
uma história homogênea, em ordem cronológica.
Clerisvaldo B. Chagas
Na fase aguda
do cangaço mais famoso em Alagoas, o Estado foi administrado por 18
governantes. Entre os administradores, apenas dois se destacaram no combate ao
banditismo em geral e ao cangaço de Lampião: Pedro da Costa Rego (1924/1928) e
Osman Loureiro (1934/1940). Mas somente este teve a honra de colocar à cabeça o
louro da vitória final contra o cangaço. Esta e outras informações constam de Lampião
em Alagoas lançado este ano, em Santana do Ipanema, onde os autores
nasceram, e em Palmeira dos Índios. Trata-se do 17º de autoria de Clerisvaldo
B. Chagas e o segundo de seu parceiro Marcello Fausto. Ambos decidiram por esta
publicação após constatar a inexistência de obra sobre o cangaço que abordasse
de forma geral as ações de Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião, chacinado
com a companheira Maria Bonita e mais nove asseclas em 28 de julho de 1938; há
exatos 75 anos, em Angicos, Sergipe, pelas tropas comandadas pelo então tenente
João Bezerra, da Polícia Militar de Alagoas.
Os dois
escritores afirmam que com a iniciativa deles, as pessoas passam a ter
conhecimento também das ações pouco divulgadas das forças volantes e quanto à
movimentação de tropas em Alagoas, bem como o trajeto das cabeças dos onze
cangaceiros mortos, de Angicos a Maceió, depois de cerca de um ano de pesquisas de campo e de
entrevistas com vários tipos de personalidades, entre os quais, ex-cangaceiros,
vítimas do cangaço, e filhos de companheiros de aventuras de Lampião.
Marcello Fausto
Lampião
continua sendo polêmico. Porém, os autores não são adoradores de cangaceiros.
Pelo contrário, eles concordam com Graciliano Ramos, que escreveu em Vivente
das Alagoas: Lampião era um monstro.De fato,
Clerisvaldo e Marcello reúnem, emLampião em Alagoas todos os episódios
conhecidos no Estado para tentar uma história homogênea, em ordem cronológica.
Nos primeiros capítulos do livro são destacados o assassinato a tiros do
industrial e pioneiro Delmiro Gouveia e a vinda dos Ferreira (Virgolino, pais e
irmãos), perseguidos em Pernambuco para Alagoas, em 1918. E passam a narrar as
façanhas do futuro Lampião no território alagoano, mês a mês, ano a ano, até a
tragédia de Angicos. Sobretudo, a partir de 1922, com o até hoje lembrado
assalto à baronesa de Água Branca, quando ele deixou de ser “cangaceiro manso”
de outros bandos que agiam no Nordeste, inclusive no Sertão de Alagoas.
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