Por Marcos Pinto - historiador e advogado apodiense.
Em 1922 o
ardiloso Desembargador FELIPE GUERRA traficou influência e indicou o seu amigo
particular JOÃO DANTAS SALES para assumir como Juiz de Direito a Comarca de
Apodi, tendo como objetivo proteger e tutelar os desmandos e atos de infração à
lei e ataques à vida e a propriedade. Benedito e Quinca Saldanha eram os
protetores de Massilon, que se julgava afilhado de Quinca Saldanha.
O cangaceiro Massilon
No processo-crime de nº 486, instaurado em 03.05.1925 consta vários depoimentos de respeitáveis cidadãos apodienses, dando conta de que o então Juiz de Direito da Comarca João Dantas Sales acolhia e hospedava, às escâncaras, em sua residência em Apodi, os bandoleiros Benedito e Quinca Saldanha. Era a trinca sinistra comandando a desordem e instalando o pânico.
Coronel
Quinca Saldanha
A pública
ligação pessoal e política do Juiz João Dantas Sales, que ocupou a titularidade
da comarca de Apodi no período 1922-1925, com Benedito Saldanha/Quinca, Décio
Holanda/Tilon Gurgel, Martiniano Porto/Juvêncio Barreto, influenciou-o para
alterar a exação que norteia e é dever do Magistrado. Adotou ignóbil proteção e
parcialidade quando Benedito Saldanha foi julgado pelo Tribunal Popular do Júri
em Apodi, por ter espancado o Sr. Francisco Noronha e uma moça de nome Maria
Lúcia, filha do velho Carneiro. Contribuiu para a absolvição de Décio Holanda
quando submetido a julgamento no Tribunal Popular do Júri, por ter atirado e
ferido gravemente um rapaz de nome Tertulino Canela. O cinismo e a desfaçatez
de Felipe Guerra estão delineados quando afirmou que "No RN não há
cangaceirismo", em seu livro intitulado "AINDA O NORDESTE" -
Pág. 79 - Tipografia do Jornal "A República" - Ano 1927.
http://tudodorn.blogspot.com.br/2014/10/cangaco-no-rio-grande-do-norte-historia.html
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