Blanca Canales
nasceu em 1906, em Porto Rico, numa família que respirava oposição a soberania
dos Estados Unidos na ilha. Com formação em pedagogia, Blanca foi uma das
poucas mulheres na história a liderar revolta contra os EUA. Ela se filiou ao
Partido Nacional de Porto Rico em 1931 e criou a ala feminina do partido dando
o nome de Filhas da Liberdade preparando as mulheres para a luta armada.
Já pensando em
motins, começou a armazenar armas em sua casa visando acabar com o domínio dos
EUA na sua ilha. Uma nova lei, chamada de Lei da Mordaça, de 1948, irritou
Blanca. A lei dizia que era proibido criticar o governo de qualquer maneira.
Quem desobedecesse, era preso durante 10 anos ou pagaria 10 mil dólares.
Revoltada, a
professora resolveu colocar seu plano em prática: liderou em 1950 o chamado
Grito de Jayuya. O seu grupo invadiu a delegacia, cortou os meios de
comunicação, causou incêndio nas ruas e fincou a bandeira de Porto Rico em
praça pública em sinal de independência. A ilha agora era uma república independente,
dizia.
Mas a alegria
durou pouco. Três dias depois, o governo dos EUA declarou lei marcial, atacou
Porto Rico com aviões, tropas de elite, mosquetões e um gigantesco batalhão,
que foi humilhante para os poucos revoltados.
Blanca Canales
foi presa e passou 17 anos na cadeia. Ganhou anistia do governo em 1967. Ficou
na história.
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