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sábado, 27 de junho de 2015

“O PAU SÓ QUEBRA NO ‘CANGOTE’ DO MAIS FRACO...!”

Por Sálvio Siqueira

...em certa época, no primeiro mês do último trimestre de um ano sem inverno, Corisco e seus “cabras” chegam a humilde tapera de um vaqueiro. Chegando lá, dá ordens para que o morador vá ao fazendeiro do lugar, e que o mesmo lhe mande certa quantia em dinheiro.

O vaqueiro, muito aperreado, vai ao patrão e lhe transmite o recado..., o patrão arranja a quantia pedida e a entra ao vaqueiro..., este espera pela volta do cangaceiro para lhe entregar a “encomenda”. Dias depois, em vez de Corisco, quem chega à choupana é o próprio “rei vesgo” com seus asseclas. Diz para o vaqueiro que sabe do “pedido” de Corisco, e que deve entregar a “encomenda” a ele.

Assim o vaqueiro faz. E fica de “miolo” quente, pensando no que poderia acontecer. Em seguida, o “capitão” escreve um bilhete, solicitando a mesma quantia ao mesmo fazendeiro, e manda que o vaqueiro, sem falta, o entregue. Nesse bilhete, estava escrito que necessitando daquela quantia, se apodera da mesma, e que teria, o fazendeiro de mandar a parte, que Corisco o tinha pedido, novamente. Mas aperreado do que nunca, o fazendeiro vende seus bens e consegue levantar a quantia pedida, e a entrega ao vaqueiro para que o mesmo entregue a Corisco. Dias se passam sem que Corisco venha pegar a soma exigida.

Certa madrugada alguém bate à porta da tapera, e diz ser Corisco, e que o vaqueiro não acenda a “lamparina”, e que lhe entregue a “encomenda”. Assim faz o vaqueiro. Só que em vez de ser Corisco, tratava-se do sargento Ernani, que fazia parte do destacamento de Poço Redondo. "Semana depois", Corisco e sua cabroeira chegam à casa do vaqueiro para pegar “sua grana”. O vaqueiro lhe conta o ocorrido, e ele não acredita. Fica furioso, saca da pistola e mata o vaqueiro.

Nas quebradas do sertão.

fonte livro ‘corisco - a sombra de lampião’- dantas, sérgio augusto de s., pgs 140 e 142. 1ª edição, editora polyprint ltda

ADENDO - http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Segundo o livro do escritor Alcino Alves Costa - Lampião Além da Versão Mentiras e Mistérios de Angico, com o título "A primeira Morte Santo da Mandaçaia", páginas: 145-146-147-148, isto aconteceu no ano de 1932, quando o Santo da antiga Fazenda Exu, em Poço Redondo, no Estado de Sergipe, deixa o velho patrão Manoel do Brejinho, porque havia pedido um aumento ao fazendeiro e ele não deu, e vai tentar nova vida na Fazenda Mandaçaia. Foi lá que o miserável foi morto por Corisco. 

Adquira logo esta obra através do escritor Rangel Alves da Costa, filho do autor deste livro, o ex-prefeito de Poço Redondo Alcino Alves da Costa, e-mail: rangel_adv1@hotmail.com, ou através do e-mail do professor Pereira: franpelima@bol.com.br 

Fonte: facebook
Página: Sálvio Siqueira 

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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