Por Sálvio Siqueira
...em certa
época, no primeiro mês do último trimestre de um ano sem inverno, Corisco e
seus “cabras” chegam a humilde tapera de um vaqueiro. Chegando lá, dá ordens
para que o morador vá ao fazendeiro do lugar, e que o mesmo lhe mande certa
quantia em dinheiro.
O vaqueiro,
muito aperreado, vai ao patrão e lhe transmite o recado..., o patrão arranja a
quantia pedida e a entra ao vaqueiro..., este espera pela volta do cangaceiro
para lhe entregar a “encomenda”. Dias depois, em vez de Corisco, quem chega à choupana
é o próprio “rei vesgo” com seus asseclas. Diz para o vaqueiro que sabe do “pedido”
de Corisco, e que deve entregar a “encomenda” a ele.
Assim o
vaqueiro faz. E fica de “miolo” quente, pensando no que poderia acontecer. Em
seguida, o “capitão” escreve um bilhete, solicitando a mesma quantia ao mesmo
fazendeiro, e manda que o vaqueiro, sem falta, o entregue. Nesse bilhete,
estava escrito que necessitando daquela quantia, se apodera da mesma, e que
teria, o fazendeiro de mandar a parte, que Corisco o tinha pedido, novamente. Mas
aperreado do que nunca, o fazendeiro vende seus bens e consegue levantar a
quantia pedida, e a entrega ao vaqueiro para que o mesmo entregue a Corisco. Dias
se passam sem que Corisco venha pegar a soma exigida.
Certa
madrugada alguém bate à porta da tapera, e diz ser Corisco, e que o vaqueiro
não acenda a “lamparina”, e que lhe entregue a “encomenda”. Assim faz o
vaqueiro. Só que em vez de ser Corisco, tratava-se do sargento Ernani, que fazia
parte do destacamento de Poço Redondo. "Semana depois", Corisco e sua
cabroeira chegam à casa do vaqueiro para pegar “sua grana”. O vaqueiro lhe
conta o ocorrido, e ele não acredita. Fica furioso, saca da pistola e mata o
vaqueiro.
Nas quebradas
do sertão.
fonte livro
‘corisco - a sombra de lampião’- dantas, sérgio augusto de s., pgs 140 e 142.
1ª edição, editora polyprint ltda
Segundo o livro do escritor
Alcino Alves Costa - Lampião Além da Versão Mentiras e Mistérios de Angico, com
o título "A primeira Morte Santo da Mandaçaia", páginas:
145-146-147-148, isto aconteceu no ano de 1932, quando o Santo da antiga Fazenda
Exu, em Poço Redondo, no Estado de Sergipe, deixa o velho patrão Manoel do
Brejinho, porque havia pedido um aumento ao fazendeiro e ele não deu, e vai
tentar nova vida na Fazenda Mandaçaia. Foi lá que o miserável foi morto por
Corisco.
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através do escritor Rangel Alves da Costa, filho do autor deste livro, o
ex-prefeito de Poço Redondo Alcino Alves da Costa, e-mail:
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Fonte: facebook
Página: Sálvio Siqueira
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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