"No rastro de Maria Bonita, dezenas de mulheres mudaram de vida ao
integrar os famosos bandos do sertão".
Criminosas. Quando se fala da participação das mulheres no cangaço, geralmente elas são reduzidas a esta palavra. Uma imagem que perde de vista os medos, os desejos e as frustrações que rondaram as cangaceiras nas décadas de 1930 e 1940, e que ignora as razões que as levaram para essa vida. Enquanto algumas ingressaram nos bandos voluntariamente, outras foram coagidas e privadas do convívio com seus familiares.
Embora os
motivos fossem variados, a maioria daquelas que aderiram ao cangaço carregava a
ilusão de que viveria em festa e teria liberdade, sensação alimentada pela vida
nômade e errante daqueles homens. A realidade revelou um cotidiano bem mais
complicado: além dos embates violentos contra forças policiais, muitas vezes os
cangaceiros ficavam mal alimentados, sem água nem lugar para repousar,
caminhando quilômetros sob sol e chuva.
A faixa etária
das cangaceiras variava de 14 a 26 anos, e suas origens socioeconômicas eram
diversas, incluindo mulheres de famílias abastadas. Elas viam no cangaço uma
oportunidade para romper com os padrões sociais: naquele grupo poderiam
conquistar outros espaços além da esfera privada do lar e tinham a oportunidade
de escolher seus parceiros sem a interferência dos acordos familiares.
Leia o texto
completo na edição de junho, nas bancas.
Fonte: facebook
Página: Voltaseca
Volta
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