Por Sálvio Siqueira
Em uma
localidade denominada serrinha do catimbau, município de Garanhuns – PE, Maria
Déa é ferida, quando d’um combate do bando de Lampião contra as forças
volantes. Dois anos depois, Maria começa a tossir constantemente, seguidamente,
tanto que termina por escarrar sangue.
Alguns
escritores acreditam que pode ser sequelas do ferimento recebido por ela,
outros que seja tuberculose, o que também seria uma causa sequela desde que o
projétil tenha atingido seus pulmões. Pois bem, o ‘rei vesgo’, pede ao coronel,
sergipano, Hercílio Brito uma ajuda quanto a situação da sua companheira.
O coronel
leva-a, toda vestida diferente e tal, à cidade de Propriá – Sergipe, para ser
tratada por um médico. Enquanto Maria é tratada, Lampião fica ‘saltando’ de um
coito a outro, nas margens do rio São Francisco, nos municípios das cidades de
Piranhas- AL, Canindé do São Francisco-SE, e Poço Redondo, também em solo
sergipano. Sem poder ficar muito tempo em determinado lugar, pois as forças
militares da Bahia, Pernambuco e Alagoas não lhe davam trégua.
Dona Delfina Fernandes,
proprietária da fazenda Pedra D’água, localizada no município de Canindé do São
Francisco, coiteira de Lampião, pede que o mesmo seja padrinho de uma criança
quando o mesmo passa por sua fazenda.
Lampião
promete a ela ser padrinho da criança quando do retorno de Maria, lá pelo fim
do mês de ‘Santana’, mês de julho.
Maria de Déa,
curada, retorna ao bando. Vem com uma novidade que nada agradou ao chefe do
bando, seu companheiro, o Lampião. Pegaram uma briga feia... palavras duras pra
cá, palavrões pra lá e, durou por várias horas. Isso tudo por Maria ter
retornado com um corte de cabelo, que na época estava na moda, denominado ‘a lá
garçom’.
A ex-cangaceira Dulce Menezes
As ex cangaceiras, Dulce e Sila, disseram, em entrevista, que foi um
arranca-rabo da gota serena. Esses acontecimentos foram pouco antes do fato
final, na Grota do riacho Angicos.
Fonte: facebook
Página: Sálvio Siqueira O Cangaço
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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