Por Sálvio Siqueira
Lampião, o
“Rei dos Cangaceiros”, começa a perder ‘terreno’ devido o desmembramento da sua
vasta malha de colaboradores.
A coisa vai se afunilando de uma forma sucessiva e termina tendo seu clímax na manhã do dia 28 de julho de 1938, com a morte dele, da sua “Rainha’, Maria Gomes e mais 9 companheiros no leito do riacho Angico, na fazenda Forquilha, município de Poço Redondo, em terras sergipanas.
Após o ataque que resultou nas mortes dos cangaceiro, e de um soldado chamado Adrião, única baixa militar, as cabeças dos cangaceiros são decepadas e levadas para a cidade de Piranhas, nas Alagoas.
Ao chegarem à citada cidade, elas são ‘organizadas’, juntamente com os espólios
encontrados no coito, e com acréscimo de vários objetos, como por exemplo, uma
máquina de costura a mais, um silhão, espécie de sela para mulheres cavalgarem,
chapéus a mais e etc...
O que nos chama atenção, é que as imagens mostradas como sendo, uma em Piranhas e as outras duas, na cidade alagoana de Santana do Ipanema, trazerem as cabeças com cabelos e tecidos como pele da face intactos, do mesmo jeito, sem ao menos terem rastros de que foram submersas em algum líquido e/ou mostras de decomporem-se.
Essa observação é feita, primeiramente, não tenho informações de outra pessoa
levantar essa tese, pelo renomado pesquisador/historiador Luiz Ruben. Depois de
suas exclamações sobre os fatos, veio-me a curiosidade de fazer um estudo sobre
essas capturas. Cheguei a mesma conclusão a que chegou o ilustre pesquisador.
Para o transporte dos troféus macabros, usavam-se latas de 18 litros de capacidade de volume, que tinham sido usadas como recipiente de querosene para lamparinas e candeeiros, e as mesmas sendo da famosa marca Jacaré, tendo sido colocado água misturada com sal. Essa água com sal já consome parte do volume em cada lata. Para que as cabeças ficassem submersas, talvez fora colocada em cada uma, no máximo, duas cabeças, e olhem lá se coubessem as duas...
Pois bem, muitas das cabeças, lá mesmo no solo do leito do riacho, além dos
traumas consequentes dos projéteis, elas serviram até de ‘bola’ para que os
Praças as chutassem de um para outro. Em particular, a cabeça da cangaceira
Enedina, esposa do cangaceiro Cajazeira, Zé de Julião, foi alvejada por um
projétil de fuzil. A parte posterior da sua cabeça esfacelou-se e murchou
quando parte da massa cefálica foi levada pela bolata e o restante
‘derramou-se’ pelo caminho, ou lá mesmo na grota. A cabeça do “Rei dos
Cangaceiros” foi muito maltratada pelos volantes de vido a ‘sede’ que tinham em
dar cabo dele...
Saindo de Piranhas, o cortejo macabro fez a seguinte rota, até chegar a Santana
do Ipanema: foram para Olho D’agua do Casado, Delmiro Gouveia, Água Branca,
Mata Grande, Iapí, Canapi... e foram seguindo até chegarem em Santana do
Ipanema.
Com certeza, não foram submetidas aos serviços de um cabeleireiro para estarem, depois de todo esse percurso, submersas em água com sal, dentro de uma lata, exatamente com o mesmo aspecto dos cabelos, idênticos ao que vemos na foto da escadaria da Prefeitura.
Mostramos o registro de uma das cabeças, a de Lampião, lá em Santana, e vejam o estado em que se encontrava. Notem que os cabelos da cabeça do “Rei dos Cangaceiros” demonstram estarem úmidos, lisos, escorridos, devido ao líquido em que vinha submersa.
Então, meus
queridos amigos, há uma pergunta no ar, as outras capturas das cabeças, que
veremos abaixo, foram realmente feitas em Santana do Ipanema ou as três
principais, foram feitas ali mesmo, em Piranhas?
A meu ver, foram feitos os registros, das três primeiras, no mesmo lugar, apenas em diferentes locais.
Fotos
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Melchiades da Rocha
acervo de Luiz Ruben F. A. Bonfim
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acervo de Luiz Ruben F. A. Bonfim
Fonte: facebook
Página: Sálvio Siqueira
Grupo: OFÍCIO DAS ESPINGARDAS
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