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quinta-feira, 9 de junho de 2016

AS TRÊS IMAGENS


Lampião, o “Rei dos Cangaceiros”, começa a perder ‘terreno’ devido o desmembramento da sua vasta malha de colaboradores.

A coisa vai se afunilando de uma forma sucessiva e termina tendo seu clímax na manhã do dia 28 de julho de 1938, com a morte dele, da sua “Rainha’, Maria Gomes e mais 9 companheiros no leito do riacho Angico, na fazenda Forquilha, município de Poço Redondo, em terras sergipanas.

Após o ataque que resultou nas mortes dos cangaceiro, e de um soldado chamado Adrião, única baixa militar, as cabeças dos cangaceiros são decepadas e levadas para a cidade de Piranhas, nas Alagoas.


Ao chegarem à citada cidade, elas são ‘organizadas’, juntamente com os espólios encontrados no coito, e com acréscimo de vários objetos, como por exemplo, uma máquina de costura a mais, um silhão, espécie de sela para mulheres cavalgarem, chapéus a mais e etc...

O que nos chama atenção, é que as imagens mostradas como sendo, uma em Piranhas e as outras duas, na cidade alagoana de Santana do Ipanema, trazerem as cabeças com cabelos e tecidos como pele da face intactos, do mesmo jeito, sem ao menos terem rastros de que foram submersas em algum líquido e/ou mostras de decomporem-se. 


Essa observação é feita, primeiramente, não tenho informações de outra pessoa levantar essa tese, pelo renomado pesquisador/historiador Luiz Ruben. Depois de suas exclamações sobre os fatos, veio-me a curiosidade de fazer um estudo sobre essas capturas. Cheguei a mesma conclusão a que chegou o ilustre pesquisador.

Para o transporte dos troféus macabros, usavam-se latas de 18 litros de capacidade de volume, que tinham sido usadas como recipiente de querosene para lamparinas e candeeiros, e as mesmas sendo da famosa marca Jacaré, tendo sido colocado água misturada com sal. Essa água com sal já consome parte do volume em cada lata. Para que as cabeças ficassem submersas, talvez fora colocada em cada uma, no máximo, duas cabeças, e olhem lá se coubessem as duas...


Pois bem, muitas das cabeças, lá mesmo no solo do leito do riacho, além dos traumas consequentes dos projéteis, elas serviram até de ‘bola’ para que os Praças as chutassem de um para outro. Em particular, a cabeça da cangaceira Enedina, esposa do cangaceiro Cajazeira, Zé de Julião, foi alvejada por um projétil de fuzil. A parte posterior da sua cabeça esfacelou-se e murchou quando parte da massa cefálica foi levada pela bolata e o restante ‘derramou-se’ pelo caminho, ou lá mesmo na grota. A cabeça do “Rei dos Cangaceiros” foi muito maltratada pelos volantes de vido a ‘sede’ que tinham em dar cabo dele...

Segundo alguns historiadores, a fotografia das escadarias foi capturada em Piranhas, e as outras duas, com as cabeças em cima de um batente, ou de um banco de madeira, estando o batente ou o banco, forrado com um tecido, o batente ou banco, aparecem também na terceira captura, ainda tendo o fundo da imagem, nos dando a certeza de que foram ‘colhidas’, realizadas, no mesmo local, apenas com a diferença na distribuição na arrumação das mesmas, pois, nessa última, elas, as cabeças, encontram-se perfiladas, lateralmente, na cidade de Santana do Ipanema.


Saindo de Piranhas, o cortejo macabro fez a seguinte rota, até chegar a Santana do Ipanema: foram para Olho D’agua do Casado, Delmiro Gouveia, Água Branca, Mata Grande, Iapí, Canapi... e foram seguindo até chegarem em Santana do Ipanema.

Com certeza, não foram submetidas aos serviços de um cabeleireiro para estarem, depois de todo esse percurso, submersas em água com sal, dentro de uma lata, exatamente com o mesmo aspecto dos cabelos, idênticos ao que vemos na foto da escadaria da Prefeitura.
Mostramos o registro de uma das cabeças, a de Lampião, lá em Santana, e vejam o estado em que se encontrava. Notem que os cabelos da cabeça do “Rei dos Cangaceiros” demonstram estarem úmidos, lisos, escorridos, devido ao líquido em que vinha submersa.

Então, meus queridos amigos, há uma pergunta no ar, as outras capturas das cabeças, que veremos abaixo, foram realmente feitas em Santana do Ipanema ou as três principais, foram feitas ali mesmo, em Piranhas?

A meu ver, foram feitos os registros, das três primeiras, no mesmo lugar, apenas em diferentes locais.

Fotos tokdehistoria.com.br
orkut.google.com
Melchiades da Rocha
acervo de Luiz Ruben F. A. Bonfim

Fonte: facebook
Página: Sálvio Siqueira
Link: https://www.facebook.com/groups/545584095605711/permalink/643908442439942/

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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