Por Archimedes Marques
Ganhei de
presente essas armas antigas dos familiares de um amigo policial civil que
faleceu no dia de ontem. ZÉ BRIGÃO era o seu apelido e essa foi sua vontade
transmitida aos seus filhos dias antes do seu falecimento, pois ele as guardava
com muito carinho e sabia também que as guardarei.
Ao querido amigo ZÉ BRIGÃO
agradeço de coração desejando que o TODO PODEROSO lhe dê um bom lugar na sua
nova morada. ZÉ BRIGÃO, sem dúvida foi dos mais valorosos policiais que já
trabalharam comigo, um homem honesto a toda prova, trabalhador, um valente
policial que honrou a POLÍCIA CIVIL DE SERGIPE. Um homem que VERDADEIRAMENTE
AMAVA A NOSSA POLICIA e que somente se aposentou na compulsória após 45 anos de
carreira, fato que o deixou muito triste.
Dentre essas
armas, acredito que a mais valiosa é esse "BACAMARTE DE AMURADA" era
uma das armas mais usadas nos séculos XVIII e XIX. Tratava-se de uma arma de
fogo de grande calibre, pois seu objetivo era espalhar uma carga de chumbo
grosso (de 20 a 40 balas de ferro ou chumbo de cerca de 10 milímetros de diâmetro)
contra massas de tropas (as vezes também usavam pregos e parafusos como
munição).
Devido a esta poderosa carga, era uma arma muito pesada, havendo
exemplares com 15 quilogramas ou mais de peso. A presente arma agora
apresentada possui aproximadamente 10 quilogramas e a sua boca parecendo um
sino é toda trabalhada em bronze.
Por causa desse peso, o bacamarte de cano
largo chamava-se "de amurada", pois como pode se observar possui um
espigão central, sobre o qual ela era colocada na amurada de navios, em furos existentes,
vez que o seu disparo do ombro do atirador era praticamente impossível, pois o
coice poderia até mata-lo ou pelo menos quebrar ou deslocar a sua clavícula ou
ombro. Pensavam os seus fabricantes manuais que a boca alargada do bacamarte
tinha a função de espalhar o tiro, entretanto isso é incorreto, pois a abertura
maior ou menor da boca não faz a menor diferença na dispersão do fogo. Contudo,
há de se observar que a boca mais larga facilitava o carregamento da arma nas
gáveas de um navio, locais problemáticos levando-se em conta o balanço da
embarcação e a tensão do combate.
A pistolinha
de dois canos usada muito nos duelos também está em excelente estado de
conservação e certamente ainda atira.
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