Por José Tavares de Araújo Neto
D.
Marcelo Carvalheira (Recife, 1
de maio de 1928 - Recife, 25 de março de 2017)
LUTO: A
humanidade está de luto com a morte do líder católica brasileiro D. Marcelo
Carvalheira, arcebispo emérito da Paraíba, que juntamente com D. Hélder Câmara,
defendeu perseguidos pela Ditadura Militar, sendo por isso ele mesmo preso e
torturado.
Marcelo Pinto
Carvalheira
Dom Marcelo
Pinto Carvalheira, OSB (Recife, 1
de maio de 1928 - Recife, 25 de março de 2017)
foi um monge beneditino e arcebispo católico.
Biografia
Quinto dos
dezesseis filhos de Álvaro Pinto Carvalheira e Maria Tereza Mendonça
Carvalheira, estudou na Escola e Colégio de Recife, onde concluiu o ensino
básico. Entrou no Seminário Arquidiocesano de Olinda, em 1944. Em 1946 foi para
a Pontifícia
Universidade Gregoriana, em Roma,
onde cursou a Filosofia e a Teologia,
concluindo estes estudos em 1956. Ali especializou-se em Teologia Dogmática.
Morte
Passou seus
últimos anos no Mosteiro de São Bento,
em Olinda, Pernambuco, quando, em 25 de março de 2017, veio a
falecer a caminho do hospital em Recife.[1][2][3]
Presbiterado
Foi ordenado
padre no dia 28 de fevereiro de 1953, em Roma.
Como padre, foi Professor de Teologia no Seminário de Olinda; Diretor
Espiritual do Seminário; primeiro reitor do Seminário Regional do Nordeste
Olinda; Assistente Eclesiástico da Ação Católica e Subsecretário do
Regional Nordeste II da CNBB.
Neste período,
Dom Marcelo foi um dos mais importantes colaboradores de Dom Hélder Câmara. Durante o regime militar no Brasil, defendeu os líderes
católicos perseguidos, sendo ele mesmo preso e torturado[4]. Em janeiro de 2009, Dom Marcelo foi indenizado pelo
estado por reparação econômica de danos, recebendo a quantia de R$ 100 mil[5]
Episcopado
Foi nomeado
bispo auxiliar da Paraíba, recebendo a sé titular de Bitilio, que abrangia
25 cidades, em 29 de outubro de 1975, sendo ordenado bispo, aos 47 anos, em 27
de dezembro de 1975, pelas mãos de Dom Helder Pessoa Câmara, Dom Aloísio Lorscheider e Dom José Maria Pires.
Em 9 de
novembro de 1981, aos 53 anos, foi designado bispo da recém criada Diocese de Guarabira, na Paraíba. Em 29 de
novembro de 1995 foi designado para ser Arcebispo da Arquidiocese da Paraíba,
múnus que exerceu até 5 de maio de 2004.
Como bispo e
arcebispo, foi membro da Comissão
Episcopal de Pastoral da CNBB Nacional (1987-1991 e 1995-1998),
responsável pelo setor Leigos e CEBs; Vice-Presidente
da CNBB Nacional (1998 a 2004). Participou do Sínodo
dos Bispos sobre os Leigos e da Quarta Conferência Geral do Episcopado
Latino-Americano]], em Santo Domingo. Foi delegado à Assembléia Especial do
Sínodo dos Bispos para a América por eleição da Assembléia da CNBB e confirmado
pelo Papa João Paulo II (1997).
Obras
publicadas:
Crer em nossos
dias, escrito em colaboração com outros - Editora Vozes
A
Evangelização hoje, escrito em colaboração com outros, após o Sínodo sobre a
Evangelização - Vozes.
São José: o
Anawin de Deus, Editora Letra Capital.
Prêmios
Medalha João
Paulo II, concedida pela Assembleia Legislativa da Paraíba, em 2008.
Ordenações
episcopais
Foi o principal
sagrante do bispo:
Dom Antônio Muniz Fernandes, O.
Carm.
Foi
co-celebrante da sagração episcopal de:
Dom Antônio Fernando Saburido,
OSB
Referências
PB Agora (26
de março de 2017). «Morre o Arcebispo da PB, Dom Marcelo Pinto Carvalheira».
Consultado em 26 de Março de 2017
Rádio Vaticana
(26 de março de 2017). «Falece, aos 88 anos, Arcebispo Emérito da Paraíba Dom Marcelo
Carvalheira». Consultado em 26 de Março de 2017
Arquidiocese
da Paraíba (26 de março de 2017). «Morre Dom Marcelo Carvalheira - o Dom da Ternura».
Consultado em 26 de Março de 2017
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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