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domingo, 27 de agosto de 2017

TOADA AOS VELHOS VAQUEIROS DE POÇO REDONDO.

Por: Rangel Alves da Costa

Toada aos Velhos Vaqueiros de Poço Redondo

De perneira e de gibão
em riba de cavalo alazão
uma história de vaqueiro
que reinou sobre o sertão

naqueles idos primeiros
lá na Rua dos Vaqueiros
se reuniam os catingueiros
falando de bois tão ligeiros

Tião de Sinhá e Mané Cante
tendo Abdias mais adiante
venciam o espinho cortante
pro boi derrubar num instante

chamando a garrota menina
gritava Chico de Celina
eita vaqueiro mais traquina
na vaqueirama nordestina

Paulo Grassú e Humberto
João Paulo vaqueiro experto
caçavam o boi mais incerto
deixando patrão boquiaberto

Mané Lameu e João Lameu
na mata fechada em breu
sabiam onde o boi se meteu
como se o sertão fosse seu

do Poço de Cima e fazendas
cavalos ornados de prendas
reis cavaleiros em oferendas
sertões de heróis e de lendas

e depois do cansaço do dia
galope de veloz montaria
no pé de balcão cortesia
e no aboio a melhor cantoria

vaqueiros sem meia metade
e pra dizer na sinceridade
vaqueirama assim de verdade
só mesmo aboiando saudade.

Rangel Alves da Costa

Rangel Alves da Costa, filho de Alcino Alves da Costa, eterno e inesquecível Caipira de Poço Redondo, um dos melhores e mais perfeitos seres humanos que Deus colocou na Terra.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

http://blogodmendesemendes.blogspot.com

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