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terça-feira, 16 de outubro de 2018

VIVA O SERTÃO, VIVA O NORDESTE, VIVA SÃO JOSÉ DO BELMONTE!!!!

Por Cicero Aguiar Ferreira 

Foram quatro dias respirando a história e a cultura sertaneja nordestina. A cada conversa com um amigo, aprendia algo sobre a nossa alma sertaneja, sem falar das aulas que os palestrantes nos brindaram, tanto no auditório do Castelo Armorial, como nos locais onde alguns fatos que fazem parte da história do sertão aconteceram. Poder vivenciar tudo isso, para mim foi muito especial, já que nasci no Tamboril São José do Belmonte-PE. Esse pedaço de torrão sertanejo mostrou para os visitantes de 15 estados do Brasil toda a sua força histórica e cultural, e sua alma hospitaleira, como filho desse chão só podia ficar orgulhoso. Agradeço ao mestre Manoel Severo Gurgel Barbosa, Curador do Cariri Cangaço e a todos os conselheiros, e um agradecimento todo especial para os amigos e conterrâneos Valdir José Nogueira, Clênio Novaes, Edízio Carvalho, Clécio Novaes, Ernesto Carvalho, poeta Cicero Moraes e aos membros da Associação Pedra do Reino, figuras que faziam parte do comitê organizador local, como também as autoridades constituídas do município que tiveram a sensibilidade de enxergar a grandeza de um evento tão importante para a história e a cultura do Nordeste que é o CARIRI CANGAÇO.

Visitando a Serra do Catolé, a Pedra de Lampião, onde o amigo Clênio Novaes nos deu uma aula de história e geografia, lembrei uma poesia de minha autoria NOSTÁLGICO SERTÃO, vou postar um pequeno trecho aqui

NOSTÁLGICO SERTÃO

NOSTÁLGICO SERTÃO
Nas veredas das quebradas
De um sertão mandingueiro
Onde o boi bravo se esconde
Dando trabalho ao vaqueiro
Das caboclinhas faceiras
Dois coronéis e coiteiros
Das volantes que perseguiam
O cangaceiro valente
Dos forrós de pé de bode
Dos poetas do repente
Do caçoa, da cangalha
Da seca e do sol quente
Do Caroá da favela
Do facheiro e catingueira
Do vaqueiro aboiador
Do gibão e da perneira
Da cerca toda de vara
Da boa vaca leiteira
Da casa velha de taipa
Do chão batido no malho
Do velho fogão de lenha
Das veredas e do orvalho
Da farinha, do engenho
Do mel, do queijo de coalho.
Hoje, esse sertão não existe
Chegou a modernidade
Não é que seja ruim
Ter o que tem na cidade
Mais com esse modernismo
Perdeu um pouco o bucolismo
Parte da simplicidade.
Mais mesmo assim o sertão
Continua encantador
De um povo forte e guerreiro
Persistente e lutador
Povo que não tem covardia
De contagiante alegria
De honra, e muito valor.

Cicero Aguiar Ferreira 2016

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