Seguidores

quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

O ALEIJAMENTO DO DIABO.

Por João Filho de Paula Pessoa
Colorida pelo professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio

Em Outubro de 1939, com Lampião morto, o bando de Corisco, o Diabo Loiro, embora menor e com dificuldades ainda resistia e estava a caminho de Lagoa da Serra/Se para visitar sua filha com Dadá, que lhe seguia fielmente no bando. Ao chegarem próximo de seu destino, foram surpreendidos por uma volante que abriu fogo contra os cangaceiros, Guerreiro foi atingido na nuca e caiu, Roxinho abriu fogo bravamente mas também foi atingido e morreu, Corisco e Dadá e os outros seguraram o fogo contra as volantes. Dadá guerreou ferozmente até ficar sem balas, continuando na luta jogando pedras nos soldados.

Corisco ao tentar recarregar seu fuzil foi atingido por uma rajada de metralhadora que atingiu seus dois braços ao mesmo tempo, dilacerou o osso de seu braço direito que ficou pendurado por fiapos de carne e feriu gravemente seu braço esquerdo que ficou inutilizado, momento em que cai e grita por Dadá mostrando a desgraça em seus braços.

Os demais cangaceiros ao verem aquilo fogem e Dadá corre para acudir seu companheiro. Pega seu fuzil, recarrega e segue lutando contra os soldados até eles debandarem e conseguir fugir resgatando Corisco, aleijado dos braços e fora de combate. 

Dadá reagrupa o bando mais na frente e assume a liderança em virtude da impossibilidade de Corisco, tomando as decisões necessárias, no entanto os demais cangaceiros não aceitaram ser liderados por uma mulher e os abandonaram, restando assim, somente Dadá, cuidando de Corisco em todos os sentidos e em todas a necessidades, seguindo em frente. 

(João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce.) 18/12/2019.


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário