Por José Mendes Pereira
No ano de 1751
nasceu em Glória do Goitá pertencente à Vitória de Santo Antão, cidade da zona da mata pernambucana José Gomes o Cabeleira. O seu apelido possivelmente foi dado devido suas compidas mechas. Era filho de branco com índio, de olhos
escuros, corpo debilitado, lábios delgados e nariz curto. Ele aterrorizou sua região.
A literatura do cangaço afirma que o primeiro
homem a agir como cangaceiro no Nordeste do Brasil teria sido o Cabeleira como
era chamado o José Gomes, apesar de o
termo (cangaceiro estava adormecido no dicionário) nem ter existido na sua época em que viveu. Um homem que se tornou perverso e sanguinário ao estremo ensinado pelo próprio pai Joaquim Gomes que com certeza era desequilibrado. O Cabeleira utilizava
métodos bastantes violentos que sem dúvida resultavam em mortes.
Quando menino José Gomes tinha que escolher qualcaminho seguiria: ou seguiria os bons modos da mãe Joana, de coração amoroso, ou seguiria o mundo pai Joaquim Gomes, um homem assassino que o treinara para matar passarinhos, e depois gente. Sem escolha, o
menino segue o pai para se tornar perverso e assassino tornando-se “O Cabeleira”,
criminoso “perigoso” procurado da justiça. Infelizmente o menino escolheu seguir o pai pelas matas matando e judiando quem encontrava pela frente.
No dia 1º de setembro de 1773 o Cabeleira
em companhia do pai Joaquim Gomes de igual perversidade, e outro delinquente de
nome Teodósio de grande confiança do Cabeleira e que esteve ao seu lado em diversos crimes. Até no momento de sua execução ele estava ao seu lado. O Estado de Pernambuco sofreu com assaltos e mortes praticados pelos três, mais o
roubo de um armazém que findou na morte de um soldado e de um civil. Em 1775 José Gomes com o pai Joaquim Gomes e o
Teodósio bagunçaram os sertões nordestinos.
Os principais
relatos sobre o criminoso foram escritos em 1876 pelo historiador e folclorista
Franklin Távora, que lançou o primeiro romance denominado de "O Cabeleira". Posteriormente a vida do Cabeleira se tornou poesia escrita pelo escritor e diplomata brasileiro João Cabral de Melo Neto.
Sua trajetória de crimes teve fim em 1776, ao fugir da polícia se escondendo num canavial em Paudalho, na zona da mata e foi capturado.
Na justiça nada foi perdoado tendo sido condenado à forca pelos assassinatos e roubos que fizera durante a sua vida de bandido, sendo executado no dia 28 de março de 1776, no Largo das Cinco Pontas dentro da capital de Recife.
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário