Por João Filho de Paula Pessoa
Corisco
sabia que ele não trataria a coisa de “homem para homem”, pois percebeu seu
conluio com Catingueira para que este matasse Gitirana em seu lugar, e sabia
que seria pelas costas como já fizeram antes com um cabra de seu grupo e, como
isso, intercedeu dizendo que Português cuidasse de sua mulher, que de seu cabra
cuidava ele.
O clima ficou tenso entre os bandos, Cristina pediu a Corisco para
ficar em seu grupo, pois gostava de Gitirana, mas este negou dizendo que isso
só pioraria a situação entre os grupos.
Maria Bonita se manifestou pela punição
de Cristina para não desmoralizar Português, Lampião apoiou Corisco, e
Português ficou encarregado de aplicar sua lei e limpar sua honra por conta
própria.
Diante da tensão do caso, Corisco mudou-se de coito com seu grupo,
dentre estes Gitirana. Cristina permaneceu no acampamento e alguns dias depois
Lampião mandou um coiteiro conduzi-la de volta à sua casa.
No caminho, foram
emboscados por três cangaceiros e Cristina foi morta à facadas e enterrada em
cova rasa, por encomenda de Português que não se fez presente no ataque. Uma
semana após à morte de Cristina houve a emboscada de Angico que matou Lampião, Maria Bonita e mais nove cangaceiros.
Gitirana continuou no Cangaço com
Corisco e em 1939 conheceu a jovem Maria de Jesus, com quem se afastou do
bando. Em 1940 foi preso em Salgueiro/Pe e levado para Salvador/BA, onde cumpriu
pena e foi anistiado pelo Governo. Morreu tempos depois de tuberculose.
João
Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce. 13/01/2020.
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