Por José Mendes Pereira
Esta é uma das metralhadoras que o tenente João Bezerra da Silva usou para exterminar o bando de Lampião, na madrugada de 28 de Julho de 1938, na Grota de Angico, no Estado de Sergipe.
Sobre a mira desta metralhadora, apesar da pouca tecnologia na época (e para os dias de hoje, elas apenas eram um tipo digamos assim, protótipos, com outras metralhadoras bem mais modernas), foram mortos: o rei do cangaço capitão Lampião, sua rainha Maria Bonita, 9 cangaceiros, e um volante que era comandado pelo o Aspirante Francisco Ferreira de Melo.
Os demais cangaceiros que estavam no coito conseguiram fugir, mesmo no meio de tantas balas lançadas por esta e mais outras duas perversas metralhadoras.
O policial que aparece na imagem acima é o famoso homem que conseguiu exterminar a vida do cruel e sanguinário cangaceiro Lampião e sua rainha Maria Bonita.
Até hoje, a morte do cangaceiro Lampião continua sendo mistério, vez que alguns estudiosos do cangaço afirmam que o cangaceiro Lampião não morreu neste combate, fugindo para Minas Gerais. Mas todos que estudam cangaço, não têm dúvida da morte do capitão na Grota do Angico naquela madrugada fria e triste.
Na foto, a primeira cabeça sobre a escadaria da prefeitura de Piranhas não há dúvida, é a de Lampião. Mas talvez Lampião tenha feito a foto antes, como se tivesse morrido, e depois fugiu para Minas Gerais.
Mas os cangaceiros que conseguiram escapar da chacina, inclusive Manoel Dantas Loyola, o Candeeiro, que segundo o cineasta Aderbal Nogueira que teve contato direto com ele e fez gravações, disse que era um home de palavras, sem invencionices afirmou que não há dúvida, o rei do cangaço foi mesmo assassinado lá na Grota juntamente com a sua esposa, nove cangaceiros e mais o volante Adrião.
Homenagem ao soldado Adrião Parte I - Por Paulo Brito
http://cariricangaco.blogspot.com.br/2011/06/homenagem-ao-soldado-adriao-parte-i-por.html
Volante Pedro Adrião de Souza
Com a subdivisão da tropa comandada pelo Tenente João Bezerra, para a execução do cerco ao acampamento de Lampião, o grupo liderado pelo Aspirante Ferreira, foi quem primeiro teve contato com os cangaceiros, ao ponto de se verem forçados a dar início a ofensiva. Cessado o combate, constatou-se a morte do soldado Adrião, ferimento no braço do soldado Guilherme Francisco da Silva e ferimento transfixante na mão e na coxa, com a bala se alojando no quadril do comandante da volante.
Em seu livro, o comandante faz o seguinte comentário: “Sofrendo então muitas dores, baleado como estava na perna e na mão, perdendo muito sangue, cansado e sem dormir há mais de 24 horas, via-me em dificuldades para resolver vários problemas que necessitavam ser resolvidos com a máxima urgência".
Diante das afirmativas dos remanescentes da "Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia", não temos dúvidas. O rei do cangaço morreu mesmo na madrugada de 28 de Julho de 1938, na Grota de Angico, no Estado de Sergipe.
Historinhas fundidas nas caldeiras do "disse me disse" para venderem livros, contrariam a literatura lampiônica, desconsiderando tudo que os escritores e pesquisadores têm batalhados pela verdade.
Vamos admitir que Lampião fugiu da chacina, e foi embora para Minas Gerais. E quem seria o cangaceiro morto, que supostamente foi indicado como sendo o corpo de Lampião? Hein! Pega na mentira!
Lampião foi exterminado aqui no nordeste do Brasil e ponto final.
Lampião morreu mesmo na Grota do Angico no Estado de Sergipe.
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário