Do acervo do Jaozin Jaaozinn
Fotografia da
força volante baiana do sargento João Virgílio de Souza e de Pedro Alves da
Silva, que abateram o cangaceiro Sabonete II, pertencente ao sub-grupo de Zé
Sereno, em 31 de março de 1937.
Nas últimas
semanas de março de 1937, o grupo do bandoleiro Zé Sereno, composto por cerca
de 18 integrantes, acabou atuando nas regiões de Sergipe, atacando povoados
presentes, como Anápolis e Lagarto. Os roubos que ocorreram nas localidades,
passavam de cem contos de réis. Após esta, seguem destino para a região baiana
do Sítio do Quinto, pertencente às terras de Jeremoabo. Ao adentrarem o espaço
geográfico de Paripiranga/BA, fazem um estrago nas moradias: depredando,
torturando e assaltando a população local.
O então cabo
João Virgílio, sabendo da chegada dos bandoleiros no Estado, segue com um
contingente da cidade de Queimadas/BA para Paripiranga/BA, na tentativa de
arranjar mais homens para combater o grupo cangaceiro. Por lá, segue o soldado
Pedro Alves com 12 policiais, somados também com 11 paisanos prontos para o
embate. Caminham por cerca de 9 horas, onde chegam na fazenda Capitão,
pertencente a Jeremoabo/BA, ocorrendo alí o confronto, de cerca de duas horas,
com o grupo de José Ribeiro.
No forte
tiroteio, padece o bandoleiro Sabonete II, famoso por aparecer nas chapas e
filmagens de Benjamin Abrahão como o "secretário de Maria Bonita".
Naquele instante, foi a única baixa entre os policiais e os cangaceiros. Ainda
tentam fazer um outro contato com os bandidos, na região de Ponta da Serra,
porém estes já estavam camuflados na caatinga. Voltam então para o corpo
crivado do facínora, cortam a sua cabeça, e seguem destino a Jeremoabo,
ocorrendo o registro da tropa e do membro exposto do elemento. João Virgílio é
provido a terceiro sargento, enquanto Pedro para cabo.
No registro da
força, podemos identificar o volante Inácio Ferreira (quarto da esquerda para a
direita), o qual segura o "prêmio macabro"; João, possivelmente, se
encontra ao lado direito do mesmo soldado que segura a cabeça de Sabonete.
𝐹𝑂𝑁𝑇𝐸𝑆:
𝐷𝑟.
𝐴𝑛𝑡𝑜𝑛𝑖𝑜
𝐴𝑚𝑎𝑢𝑟𝑦;
𝐺𝑢𝑖𝑙𝒉𝑒𝑟𝑚𝑒
𝑉𝑒𝑙𝑎𝑚𝑒;
𝑗𝑜𝑟𝑛𝑎𝑙
𝑂
𝐸𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜
𝑑𝑎
𝐵𝑎𝒉𝑖𝑎
- 1937; 𝑟𝑒𝑣𝑖𝑠𝑡𝑎
𝑂
𝐶𝑟𝑢𝑧𝑒𝑖𝑟𝑜
- 1938; 𝐶𝑎𝑣𝑎𝑙𝑜𝑠
𝑑𝑜
𝐶𝑎̃𝑜
- 𝑅𝑢𝑏𝑒𝑛𝑠
𝐴𝑛𝑡𝑜𝑛𝑖𝑜;
𝐶𝑎𝑛𝑔𝑎𝑐̧𝑜
𝐸𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜.
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