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terça-feira, 17 de maio de 2011

Maria de Juriti, uma cangaceira na Grota do Angico

Por: João de Sousa Lima 
           Maria de Juriti foi uma das cangaceiras que escaparam do combate na Grota do Angico, porém decidiu levar sua vida sem falar nada com ninguém, morreu sem dar entrevistas.
 
           Poucos meses antes de sua morte estive em sua residência, acompanhado pelo cineasta Wolney Oliveira e por mais que maior que fosse nossa insistência para colher alguma informação, mais o silêncio dominava o ambiente e por último ela reclamou dizendo que poderia ter uma "parada do coração" e aí tivemos que nos contentar com apenas algumas fotografias.
 
Wolney Oliveira
 
              Recentemente recebi em minha casa a visita de um dos filhos da cangaceira, trazendo um caderno com riquíssimos depoimentos da mãe, colhidos por ele. o caderno me foi presenteado e sobre a vida dela será lançado um capítulo interessante, em um futuro bem próximo.
 
 
O conteúdo acima é do escritor e pesquisador do cangaço "João de Sousa Lima"

Lampião e Juriti

                Segundo o escritor e pesquisador do cangaço, Alcindo Alves Costa, o verdadeiro cangaceiro com o apelido Juriti, foi "João Soares", que fazia parte do grupo dos Marinheiros, e na década de vinte, já era vulgarmente chamado de Juriti. 
              Era lá do Salgado do Melão, no Estado da Bahia, e incorporou-se ao bando de cangaceiros por meio de fazendeiros amigos de Lampião.      
            Era um dos facínoras mais valente, genioso e perverso ao extremo. Com esses adjetivos todos,  fez com que Lampião o contratasse para fazer parte do seu bando, e   no cangaço recebeu o apelido de Juriti,  deixando de lado o nome Manoel Pereira de Azevedo, para assumir este apelido. 
 
Lampião e Juriti
 
             Os escritores, pesquisadores e historiadores do cangaço, calculam que Lampião passou mais de vinte anos invadindo e bagunçando os Estados do nordeste brasileiro, os quais foram: Paraíba, Rio Grande do Norte, Alagoas, Bahia, Ceará, Pernambuco (sua terra natal), e Sergipe.
 
               Mas  na madrugada de 28 de julho de 1938, Lampião e mais 10 cangaceiros, inclusive a sua rainha Maria Bonita,  foram assassinados pelas volantes comandas pelo Tenente João Bezerra, que fizeram o cerco, e conseguiram chacinar o mais temido cangaceiro nordestino.

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João Bezerra sentado à esquerda

           Após a chacina os cangaceiros ficaram órfãos de pai e mãe, Lampião e Maria Bonita estavam mortos, e como não tinham mais quem os protegessem, a solução seria: ou fugir para outras regiões do Brasil, ou enfrentarem os sofrimentos nas cadeias, já que mesmo tendo sido desmontado o movimento social de  cangaceiros, as autoridades policiais não deixariam impunes os que haviam participado do movimento, e iriam procurar cangaceiros por todas as caatingas nordestinas.

Juriti
             Na madrugada que aconteceu a chacina na grota de Angicos, no Estado de Sergipe, muitos cangaceiros conseguiram furar o cerco, e se mandaram em busca de lugares seguros, entre os que escaparam, estavam Juriti e sua companheira Maria.
           
              Juriti e sua esposa foram presos e posteriormente liberados para participarem novamente da vida livre. Mas Infelizmente o cangaceiro Juriti foi assassinado no ano de 1941, em Canindé do São Francisco, no Estado de Sergipe,  pelo delegado Deluz.
 
              Mesmo ele sabendo que muitos cangaceiros já tinha em mãos a carta de soltura, doada pelo capitão Aníbal Vicente Ferreira, comandante geral das forças de combate ao banditismo no nordeste, o delegado Deluz continuava procurando remanescentes de Lampião, encontrou Juriti, e fez a maior atrocidade contra o rapaz, o cangaceiro foi algemado e colocado dentro de uma foqueira.
  
 
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