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domingo, 28 de agosto de 2011

CEMITÉRIO DA QUINTA DOS LÁZAROS - SALVADOR - BAHIA

Na primeira foto repousam os seguintes cangaceiros:

A primeira foto trata-se das quatro gavetas que guardam os restos mortais dos cangaceiros: AZULÃO, MARIA DORA, CANJICA E ZABELÊ, mortos em 1933 no sítio Lagoa do Lino, atual município de Serrolândia - BA. 
Vale lembrar ao leitor, que vem acompanhando o estudo "Cangaço", este Zabelê, não era o  primo do escritor Alcindo Alves da Costa.

 A turma que o tenente Zé Rufino deu cabo:

 

Azulão, Maria Dora, Canjica e Zabelê, estão somente as cabeças, que estavam expostas no Estácio de Lima. Os corpos foram enterrados próximo ao local do combate que ainda hoje é identificado com uma cruz.
O cangaceiro Corisco


As duas últimas fotos são do jazigo do mais conhecido daqueles que estão lá: Trata-se do túmulo de CORISCO, Alagoano da gema, Cristino Gomes da Silva Cleto.
Corisco foi morto no dia 25 de maio de 1940, e sepultado no cemitério da atual cidade de Miguel Calmon, sendo exumado 3 dias depois para que lhe cortassem a cabeça, segundo informação que foi para estudo.  
 
Esta  foto do jazigo, onde se lê o nome do cangaceiro "Cristino Gomes da Silva Cleto.  e a data de 1977, quando os restos mortais foram colocados ali, transportados da primeira sepultura, aquela datada de 1969:
Tirando as suas  possíveis dúvidas

Corisco morre em maio de 1940 e seu corpo completo é enterrado em Miguel Calmon, no Estado da Bahia. Após 3 dias é desenterrado e sua cabeça é levado para o Nina Rodrigues e seu corpo sem cabeça continua no Cemitério de Miguel Calmon, até 1969.
Após ações judiciais na década de 60, a cabeça de corisco sai do Nina Rodrigues e vai ser enterrado junto com os restos mortais que estavamem Miguel Calmon, no Cemitério da Quinta dos Lázaros.  
E esta exumação é para troca de cemitério? cabeça e tronco juntos ou separados?
Não!... Foi devido a compra de um jazido perpétuo que todo o conjunto de restos mortais foi transfeirdo para o túmulo onde se encontra hoje. Entendeu ou não entendeu?

José Leite de Santana
O cangaceiro Jararaca

O cangaceiro Jararaca era pernambucano, lá de Buique. Em 1927, no dia 13 de junho, o famosso cangaceiro Lampião Na tentativa de invadir Mossoró, Lampião


Lampião perdeu dois asseclas, sendo eles: Colchete, que ficou morto em frente à igreja de São Vicente, e o cangaceiro Jararaca, este ficou ferido, sendo posteriormente capturado e executado.


O túmulo do cangaceiro Jararaca em Mossoró. Observe que por traz existe um outro túmulo, é do cangaceiro Asa Branca, que faleceu em Mossoró, no ano de 1981, mas morte natural. 


Antonio Luiz Tavares era o verdadeiro nome do ex-cangaceiro "Asa Branca". Filho de Antonio Luiz e de dona Maria da Conceição. Ele natural de Cajazeiras do Rio do Peixe, no Estado da Paraíba.


Este é o túmulo do cangaceiro Asa Branca, e está localizado no Cemitério São Sebastião, aqui em Mossoró - Rio Grande do Norte. À frente dele está a cova do Jararaca.
Os cangaceiros Chumbinho e Durvalina, eram subordinados ao estado maior,  do famoso rei do cangaço,  Lampião. Viveram sob a mira de muitas armas, das diversas volantes dos governos nordestinos.

Chumbinho e  Durvalina (ainda viva, com 92 anos, e residente em Belo Horizonte).
            
Chumbinho foi um dos cangaceiros mais paparicado  pelo rei Lampião, quando em 1926, no dia 06 de Março, em Juazeiro do Norte, falou ao entrevistador,

   
o Dr. Otacílio Macedo, sobre o bom cangaceiro que carregava em seu bando.
Frente do Cemitério do Cangaceiro
           
Cemitério onde estão repousando os restos mortais do  cangaceiro Chumbinho, em Porção, no Estado de Pernambuco.


A ex-cangaceira Durvalina, seus restos mortais estão enterrados no Cemitério  da Saudade, em Belo Horizonte, no Estado de Minas Gerias. 
A cangaceira "DURVINHA" nasceu no dia 08 de Dezembro de 1915, e faleceu no dia 28 de Junho de 2008, em consequência de hipertensão intracraniana e AVC hemorrágico.
O seu túmulo foi  adquirido através do pesquisador e colecionador do cangaço:

Ivanildo Alves da Silveira,  que conseguiu a construção do túmulo com o então prefeito de Belo Horizonte,


o Dr. Márcio Lacerda. Quando Durvalina entrou para o cangaço, era companheira do cangaceiro

Da esquerda para a direita, o segundo

Virgínio Fortunato da Silva, este era chefe de um subgrupo do bando de Lampião. No ano de 1933, ele foi morto em combate, e Durvalina amasiou-se com o cangaceiro Moreno, que era comandado de Virgínio.

O cangaceiro Moreno
           
Após a morte do rei Lampião, os cangaceiros ficaram como formigas sem formigueiro, e o casal não quis se entregar a polícia, continuando nas caatingas do sertão nordestino. Mas dois anos depois da chacina de Angico, no ano de 1940 resolveram abandonar a vida de malfeitores.            
O casal de cangaceiros ficou décadas no anonimato, até que o escritor e pesquisador do cangaço, João de Sousa Lima, nas suas andanças  o encontrou. 

João de Sousa Lima

Durvalina viveu 93 anos de idade, diante de tantos sofrimentos, mas conseguiu um teto para morar e uma família digna. O cangaceiro Moreno, viveu 100 anos, quando veio a falecer no dia 06 de Setembro de 2010.


Fontes:

2 comentários:

  1. Anônimo18:28:00

    Tudo que fala do sertão, suas tradições, seu povo sofrido, mas valente é bonito e faz parte de nós.Erasmo R. Teixeira - Propriá Sergipe.

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  2. Anônimo18:31:00

    Dia 28 deste, estarei na missa do cangaço na gruta do angico, onde morreram Lampião, Maria Bonita e outros companheiros.- Erasmo R. Teixeira - Propriá - SE.

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