Link da Parte I: -
http://blogdomendesemendes.blogspot.com/2011/10/prazer-em-conhecer-lampiao-aceso_30.html
http://blogdomendesemendes.blogspot.com/2011/10/prazer-em-conhecer-lampiao-aceso_30.html
Link da Parte II:
2011/10/prazer-em-conhecer-lampiao-aceso_31.html
Um(a) cangaceiro (a)?
Vou preferir Sila para poder ter a oportunidade de fazer um pequeno, porém, importante relato. Sempre desconfiei que seu nome não era Hilda Ribeiro de Souza.
Vários foram os volantes que conheci durante minhas viagens de pesquisa. Minha escolha recai na pessoa de João Gomes de Lira. Amizade que já nasceu em Carnaíba de Flores, quando distrito de Flores, uma das cidades mais antigas no Nordeste. Na companhia de Manoel Gastão Cardoso, meu pai, tive a felicidade de conhecer a figura simples e humana de João Gomes de Lira. Meu pai de nós se despediu e ficamos amigos até os dias atuais. A continuidade tem o elo de ligação construído pelos dois amigos de outrora. Na última visita que fiz em 22 de março de 2011 o mesmo estava gozando de boa saúde e com a mesma disposição em nos contar os momentos vividos no cangaço à caça de Lampião. Como bom Nazareno se manteve integro na sua posição de homem de bem, de boa índole e cumpridor dos seus deveres. Foram 60 anos de boa convivência e que cessou com sua morte. Nesta amizade fui recordista sem concorrente. Já tomava conhecimento das ocorrências cangaceiras nos idos de 1950.
Uma personagem secundária?
Conheci um cidadão que fazia um relato e após anos até nas vírgulas, não mudava seu relato original. Viveu sua meninice com Virgolino e seus irmãos, caçando rolinhas, preás, mocós e habitando o mesmo chão de Vila Bela. Chamava-se Luiz de Cazuza. A ele só faltou uma coisa – ter enveredado pelo cangaço, pois, seus relatos sempre foram fiéis aos acontecimentos. Com o amigo Aderbal Nogueira fizemos várias visitas a sua casa na Fazenda São Miguel e numa das vezes fomos ofertados com uma entrevista, gravada em vídeo, com duração de 2 horas e 30 minutos.
Somente em duas outras oportunidades conseguimos depoimentos tão longos e importantes: uma vez com o Sr. Chiquinho Rodrigues em Piranhas, estado de Alagoas e a outra com o Sr. Durval Rosas (irmão de Pedro de Cândido) na cidade de Poço Redondo, estado de Sergipe. Luiz de Cazuza legou informe a todos que o procuram durante seus 100 anos de existência. Uma personagem de alto valor histórico. É de bom alvitre se pensar na sua biografia, pois, o capítulo relativo ao cangaço trará fatalmente novos conceitos sobre cangaceiros e volantes.
CONTINUA...
Cheguei a dizer diretamente a ela – criatura, Hilda não é nome mulher que nasce nos brejos, nos sertões. Este nome é para as nascidas nas cidades. Combinando com o mestre Alcino Costa fomos desvendar o nome da cangaceira nascida no Poço Redondo. Após várias tentativas chegamos ao seu verdadeiro nome: Hermecilia Brás São Mateus. A terminação “cilia” nos leva a crer que ficou fácil ser a mesma identificada como Cila, que ela deixou em livro seu, escrito de próprio punho, como Sila. Grande figura humana e que terminou sendo a repórter responsável pelos fatos ocorridos no seu pouco tempo de cangaço. Mulher vitoriosa que conseguiu sobrepujar todas as adversidades. Figura impar no mundo cangaceiro.
Um volante?
Vários foram os volantes que conheci durante minhas viagens de pesquisa. Minha escolha recai na pessoa de João Gomes de Lira. Amizade que já nasceu em Carnaíba de Flores, quando distrito de Flores, uma das cidades mais antigas no Nordeste. Na companhia de Manoel Gastão Cardoso, meu pai, tive a felicidade de conhecer a figura simples e humana de João Gomes de Lira. Meu pai de nós se despediu e ficamos amigos até os dias atuais. A continuidade tem o elo de ligação construído pelos dois amigos de outrora. Na última visita que fiz em 22 de março de 2011 o mesmo estava gozando de boa saúde e com a mesma disposição em nos contar os momentos vividos no cangaço à caça de Lampião. Como bom Nazareno se manteve integro na sua posição de homem de bem, de boa índole e cumpridor dos seus deveres. Foram 60 anos de boa convivência e que cessou com sua morte. Nesta amizade fui recordista sem concorrente. Já tomava conhecimento das ocorrências cangaceiras nos idos de 1950.
Amigo é coisa pra se guardar... Foto Kiko Monteiro
Um coadjuvante?
Com o passar do tempo torna-se nome referencial José Leite de Santana – Jararaca. Cangaceiro que pouco tempo atuou nas veredas nordestinas, porém, deixou seu nome escrito a sangue a fogo em terras potiguares. De cangaceiro virou santo milagroso ou milagreiro.
Santo?
Tem sido estudado sob diversas ópticas, tais como: monografias, mestrados e doutorados. Mencionado em filmes e vídeos; peças de teatro; folhetos de cordel; na pintura e no artesanato. É um coadjuvante que classifico como o personagem mais importante que esteve em Mossoró no dia 13 de junho de 1927 e ainda hoje tem lugar de destaque, acima de tudo e de todos. Estou a estudar o personagem desde seu nascimento até os dias atuais.
Uma personagem secundária?
Conheci um cidadão que fazia um relato e após anos até nas vírgulas, não mudava seu relato original. Viveu sua meninice com Virgolino e seus irmãos, caçando rolinhas, preás, mocós e habitando o mesmo chão de Vila Bela. Chamava-se Luiz de Cazuza. A ele só faltou uma coisa – ter enveredado pelo cangaço, pois, seus relatos sempre foram fiéis aos acontecimentos. Com o amigo Aderbal Nogueira fizemos várias visitas a sua casa na Fazenda São Miguel e numa das vezes fomos ofertados com uma entrevista, gravada em vídeo, com duração de 2 horas e 30 minutos.
Somente em duas outras oportunidades conseguimos depoimentos tão longos e importantes: uma vez com o Sr. Chiquinho Rodrigues em Piranhas, estado de Alagoas e a outra com o Sr. Durval Rosas (irmão de Pedro de Cândido) na cidade de Poço Redondo, estado de Sergipe. Luiz de Cazuza legou informe a todos que o procuram durante seus 100 anos de existência. Uma personagem de alto valor histórico. É de bom alvitre se pensar na sua biografia, pois, o capítulo relativo ao cangaço trará fatalmente novos conceitos sobre cangaceiros e volantes.
CONTINUA...
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