Por: Rangel Alves da Costa
Os mais velhos já diziam e eu acreditava: se há uma coisa a ser respeitada é mulher casada. Mas desde que se dê o respeito!
Realmente, não há coisa mais bonita do que uma mulher que contraiu núpcias e desde o momento do sim na igreja preserva sua identidade de mulher casada, de forma impoluta, inatacável, protegida das vizinhas que vivem catando cisco para dizer que é tufão.
Realmente, não há coisa mais bonita do que uma mulher que contraiu núpcias e desde o momento do sim na igreja preserva sua identidade de mulher casada, de forma impoluta, inatacável, protegida das vizinhas que vivem catando cisco para dizer que é tufão.
Conheço muitas assim, honestas, verdadeiras, respeitosas para serem respeitadas. Não se fecharam em redoma nem deixaram de conviver partilhando amizades e companheirismos, apenas reservando-se o direito de ter, acima de tudo, o esposo, a casa e a família como norteamentos para qualquer ação.
Conheço outras, contudo, que nem inverso disso são, pois contramão desastrada, sem-vergonhice pura, a desonra em pessoa. Muitas são as denominações que merecidamente receberiam, designações tais como adúltera, adulterina, infiel, devassa, corrompida...
Aliás, sobre o adultério – até um nome pomposo para uma gente tão safada – os textos assim se referem: “Adultério é uma expressão que significa literalmente na cama de outro(a), designando a prática da infidelidade conjugal. O adultério, como "ato de se relacionar com terceiro na constância do casamento", é considerado uma grave violação dos deveres conjugais por quase todas as civilizações”.
No Brasil, desde 2005, o adultério não é mais tipificado criminalmente, vez que seria impossível penalizar quase a maioria da população. Mesmo quando a prática infiel era patente de punição, a prática se alastrava pelo amor ao desrespeito conjugal, pela mera vontade de trair, pelo prazer de servir sexualmente ao próximo, ainda que o esposo tudo fizesse para satisfazer os caprichos da ingrata.
Ora, ele a enchia de presentes, de tudo que ela pedisse e desejasse, mas ela só sentia bem se arriscando para manter relações sexuais fortuitas com um ou com outro, às vezes batalhões inteiros.
Seria até injustificável a lei pretender punir uma pessoa tão caridosa com o outro, tão docemente devotada aos prazeres proibidos. E também amor, pois muitas vezes a mulher tem o coração tão grande que passa a sentir que não deve se entregar somente ao amor do esposo e então, num gesto até sexualmente humanitário, saía compartilhamento seus dotes ali e acolá.
E nada mudou de lá pra cá. Pelo contrário, a discriminalização do adultério fez com que a prática progredisse muito, se tornasse modismo de qualquer hora, prática verdadeiramente insaciável. Nas grandes cidades e nos interiores ocorre com a mesma constância e volúpia, as mesmas estratégias para melhor trair e as mesmas maneiras de tentar manter a pureza conjugal acima de tudo.
Por que Norminha, aquela quenga de Caminho das Índias fez tanto sucesso? Simplesmente porque estava espalhando uma realidade presente num imenso número de mulheres casadas por todos os recantos. Ali não havia nada de novo, e antes de ser ficção mostrava a pura realidade. Assim, aquela safadeza toda jamais pode ser vista como mera coincidência, senão como espelho refletindo uma descarada realidade.
Se alguém perguntar por que elas optam por fazer isso, por trair seus maridos, logicamente que a primeira resposta será por causa do mau-caratismo, da safadeza mesmo, do gosto pela raparigagem. Mas não, a isto se deve acrescentar a derrocada dos conceitos morais, do equilíbrio nas condutas, do respeito a si própria. Por vexes a sociedade esquece totalmente que existem certos valores que precisam ser preservados.
Entretanto, diversos fatores implicam o próprio esposo nessa história, principalmente quando não atende aos reclamos conjugais da esposa, não quer ouvir os alertas que vão surgindo a todo instante, faz de conta que ela errou uma vez e todo erro é perdoável e não gosta de usar chapeu. Deveria ter uma lei obrigando todo homem casado a usar chapeu. Se fosse obrigado a usar o bendito chapéu saberia o tamanho que porventura já estejam as pontas.
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