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sábado, 12 de novembro de 2011

SILA - Aquela menina dos tempos do cangaço

Por: Alcindo Alves Costa
Estimado Bonessi,
O seu email sobre Sila é realmente extraordinário. Espero vê-lo no blog do Cariri Cangaço. O que tudo que Sila costumava dizer pelos caminhos da vida, após a sua nova vida com o término do cangaço.
Na verdade, aquela menina-moça, levada pelo destino, de uma hora para outra se tornou cangaceira e passou a viver aquela vida de suprema provação, não teve tempo de conhecer praticamente nada da vida do cangaço a não ser aquele pouco mais de um ano ao lado de Zé Sereno.
O que aconteceu foi que ao ser descoberta em São Paulo ela foi levada por pesquisadores e historiadores, interessados em mostrá-la ao Brasil. Tomou gosto pela coisa. e passou a dizer, aí sim é verdade, um monte de besteiras.
A família de Sila, que aliás era e é numerosa, é composto de homens e mulheres de bem e de espírito forte e não gostam de mentiras. Sila, por não saber quase nada do cangaço, inventava muita coisa e por ser muito nova ela nem se lembrava do nome dos irmãos que foram para o cangaço, tendo informado ao nosso
Antônio Amaury e registrado na página 50 do livro "Gente de Lampião - Sila e Zé Sereno", que o seu irmão Umberto havia sido cangaceiro com o nome de Novo Tempo. O que não é verdade. Umberto, nos tempos do cangaço foi residir no então povoado de Canhoba, em Sergipe, onde casou e viu nascer os seus filhos. Muitos anos depois retornou com a família para Poço Redondo, onde faleceu com a idade avançada.
Com informações dessa natureza, Sila não estava mentindo deliberadamente. O que acontecia era que ela não mais se lembrava nem dos nomes de seus irmãos, imagine de coisas vividas nos grupos cangaceiros que ela não pertencia..
Meu querido Bonesse! Estou muito feliz com estes artigos que estão saindo no nosso Blog do Cariri Cangaço.
Aderbal está de parabéns por ter tido a felicidade de postar mais um assunto do interesse dos vaqueiros da história.
Abraços,Alcino Alves Costa
O Caipira de Poço Redondo 
Artigo enviado para este blog pelo autor: Capitão Afredo Bonessi

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