Elise Jasmin. Foto: Benjamin Abrahão: Dadá e Corisco. Collection - AbaFilm/Sociedade do Cangaço
A exposição de fotografias – Os cangaceiros - na casa da América Latina, em Paris, é a primeira grande retrospectiva de clichês dos personagens que aterrorizaram o sertão brasileiro nas décadas de 20 e 30.
Organizada pela historiadora francesa, Elise Jasmin, que há quinze anos se interessa pelo tema, a exposição apresenta 90 fotografias, nas quais
Lampião e Maria Bonita
Lampião, Maria Bonita, Corisco e Dadá, e muitos de seus companheiros, posam diante da câmera com suas roupas e chapéus inconfundíveis.
Elise assinala esse paradoxo da indumentária excessivamente folclórica e da vida de foragidos, que ela chama declandestinidade exibida. Além das imagens que provam que os Cangaceiros sabiam explorar a mídia da época para desafiar os inimigos e provocar a polícia, os documentos de cordel e o pequeno documentário reunidos na Casa da América Lartina negam as interpretações de que Lampião teria tido intenções políticas. Sua motivação era a vingança contra as injustiças.
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