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quarta-feira, 6 de junho de 2012

As fotos e o mito do Cangaço

Uma outra versão desta exposição – Os Cangaceiros – será inaugurada dia 29 de novembro, no Museu da Imagem e do Som, em São Paulo, também supervisionada pela historiadora Elise Jasmin.  Foto: Benjamin Abrahão: Dadá e Corisco. Collection AbaFilm/Sociedade do Cangaço
Elise Jasmin. Foto: Benjamin Abrahão: Dadá e Corisco. Collection - AbaFilm/Sociedade do Cangaço

A exposição de fotografias – Os cangaceiros - na casa da América Latina, em Paris, é a primeira grande retrospectiva de clichês dos personagens que aterrorizaram o sertão brasileiro nas décadas de 20 e 30.

Organizada pela historiadora francesa, Elise Jasmin, que há quinze anos se interessa pelo tema, a exposição apresenta 90 fotografias, nas quais 

Lampião e Maria Bonita

Lampião, Maria Bonita, Corisco e Dadá, e muitos de seus companheiros, posam diante da câmera com suas roupas e chapéus inconfundíveis.

Elise assinala esse paradoxo da indumentária excessivamente folclórica e da vida de foragidos, que ela chama declandestinidade exibida. Além das imagens que provam que os Cangaceiros sabiam explorar a mídia da época para desafiar os inimigos e provocar a polícia, os documentos de cordel e o pequeno documentário reunidos na Casa da América Lartina negam as interpretações de que Lampião teria tido intenções políticas. Sua motivação era a vingança contra as injustiças.

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