Virgulino Ferreira da Silva, Lampião, nasceu em 7.7.1897 no distrito de Vila Bela, atual cidade de Serra Talhada PE), terceiro filho de uma família de oito irmãos. Em 1915, por causa de uma briga com o vizinho de fazenda, começou uma rivalidade entre as duas famílias. Quatro anos depois, Virgulino e dois irmãos passaram a ser perseguidos pela polícia e toda a família abandonou a fazenda. Nessa fuga a mãe de Virgulino morreu e, num tiroteio, os policiais mataram o pai de Virgulino. O jovem Virgulino, então, jurou vingança.
"O seu luto, até a morte, iria ser o rifle, a cartucheira e os tiroteios."
Com dois irmãos, primos e amigos, Virgulino formou o seu bando, que variava de 30 a 100 homens, e passou a atacar fazendas e pequenas cidades em cinco Estados do Brasil, quase sempre a pé e às vezes montados a cavalo durante 20 anos, de 1918 a 1938.
Grande estrategista militar, Virgulino sempre saía vencedor nas lutas com a polícia, pois atacava sempre de surpresa e fugia para esconderijos no meio da caatinga, onde acampavam por vários dias até o próximo ataque.
Apesar de perseguido, Virgulino que já era conhecido como Lampião e seu bando, foram convocados para combater a Coluna Prestes, tendo o Governo Federal lhe fornecido fardas e fuzis automáticos e a patente de Capitão, pasando, a partir daí a ser chamado de Capitão Virgulino.
Esta foto foi feita quando Maria Bonita ainda era Maria Déia
Em 1929, conheceu Maria Déa, a Maria Bonita, casada, que com 19 anos declarou-se apaixonada há muito tempo pelo Capitão Virgulino. Pediu para acompanhá-lo no que concordou Lampião.
Em 1930 o governo baiano ofereceu 50 contos de réis pela captura de Lampião, dinheiro suficiente para comprar seis carros de luxo.
Lampião morreu no dia 28 de julho de 1938, na Fazenda Angico, em Sergipe. Os trinta homens e cinco mulheres que compunham o bando naquela ocasião estavam começando a se levantar, quando foram vítimas de uma emboscada promovida por uma tropa de 48 policiais do Estado de Alagoas, comandada pelo tenente João Bezerra, num rápido combate de 20 minutos. Os policiais com vantagem em armamentos mataram Lampião, Maria Bonita e nove cangaceiros que tiveram, após a morte, suas cabeças decepadas, tendo o restante do bando conseguido escapar. A atividade dos cangaceiros terminou em 1940, com a morte de Corisco, o "Diabo Loiro", o último sobrevivente do grupo comandado por Capitão Virgulino, o Lampião.
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