Por: Frederico Pernambucano de Melo
Frederico e Jô Soares
O bandido tinha o direito transfixado por tiro. Está febril e despojado dos bens, furtados pelos próprios companheiros na fuga, uma cabroeira de pouco nome, salvo por Serra Branca, de que faziam parte Barbosa, Venâncio, Manuel, Antônio e Mateus. Sete cangaceiros ao todo, com o chefe.
A forçatinha dez homens no total, integrando-se, além do alferes, do 2º sargento José Alvino Correia de Queiroz - que sentara praça para desagravar a um cunhado, coronel José Braz de Lucena, de Santa Maria, afrontado em 1912 por Silvino - e dos soldados Antônio Parques da Silva, Manuel Correia de Amorim, Antonio Tavares dos Santos, Pedro da Silva Sobral, Fenelon Gomes da Silva, João de Farias e Ernesto Nazário de Lucena.
A convite de Alvino, comandante do destacamento, seguira com a força um paisano, José Patrocínio Queiroz. O alferes Teófanes consegue refrear as mágoas antigas de alguns de seus homens contra Silvino, cercando- de cuidados extraordinários, graças aos quais o célebre bandoleiro não perderia a vida, e permitindo por outro lado, que se possa considerar o feito da Lagoa da Lage uma diligência policial exemplar.
Ao receber intervenção médica no povoado de Torre, hoje Toritana, o bandido avista uma velhinha que chorava, e, do seu canto, ruge uma azeda confissão de auto-imagem: " diabo levou o protetor de vocês!"
Antonio Silvino
Por 23 anos, Silvino permanecerá na Casa de Detenção do Recife, trabalhando para educar os inúmeros filhos que tivera com as suas não menos numerosas amantes.
Teodolina, prima de Antonio Silvino
Em 1937, tem o restante da pena perdoada por Getúlio Vargas. E morre, humilde e mansamente, em casa da prima Teodolina num dia de 1944, esquecido talvez do que dele dissera o príncipe dos poetas brasileiros, Leandro Gomes de Barros, em 1909.
Pergunta o vale ao oiteiro,
O ímã a exaltação,
O vento pergunta à terra
E a brisa ao furacão,
Respondem todos em coro:
Esse é o rifle de Ouro,
Governador do Sertão"
Fonte:
Diário
Oficial
Estado
de Pernambuco
Ano
IX
Julho
de 1995
Material
cedido pelo escritor, poeta e pesquisador do cangaço:
Kydelmir
Dantas
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Descobri, que uma bisavó da minha mãe ela cozinhava pra Este Cangaceiro.
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