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sábado, 4 de maio de 2013

Cronologia do cangaceiro Antonio Silvino - 1875 - 1944 - Final

Por: Frederico Pernambucano de Melo
Frederico e Jô Soares

O bandido tinha o direito transfixado por tiro. Está febril e despojado dos bens, furtados pelos próprios companheiros na fuga, uma cabroeira de pouco nome, salvo por Serra Branca, de que faziam parte Barbosa, Venâncio, Manuel, Antônio e Mateus. Sete cangaceiros ao todo, com o chefe.


A forçatinha dez homens no total, integrando-se, além do alferes, do 2º sargento José Alvino Correia de Queiroz - que sentara praça para desagravar a um cunhado, coronel José Braz de Lucena, de Santa Maria, afrontado em 1912 por Silvino - e dos soldados Antônio Parques da Silva, Manuel Correia de Amorim, Antonio Tavares dos Santos, Pedro da Silva Sobral, Fenelon Gomes da Silva, João de Farias e Ernesto Nazário de Lucena.

A convite de Alvino, comandante do destacamento, seguira com a força um paisano, José Patrocínio Queiroz. O alferes Teófanes consegue refrear as mágoas antigas de alguns de seus homens contra Silvino, cercando- de cuidados extraordinários, graças aos quais o célebre bandoleiro não perderia a vida, e permitindo  por outro lado, que se possa considerar o feito da Lagoa da Lage uma diligência policial exemplar.

Ao receber intervenção médica no povoado de Torre, hoje Toritana, o bandido avista uma velhinha que chorava,  e, do seu canto, ruge uma azeda confissão de auto-imagem: " diabo levou o protetor de vocês!"

Antonio Silvino

Por 23 anos, Silvino permanecerá na Casa de Detenção do Recife, trabalhando para educar os inúmeros filhos que tivera com as suas não menos numerosas amantes.

Teodolina, prima de Antonio Silvino

Em 1937, tem o restante da pena perdoada por Getúlio Vargas. E morre, humilde e mansamente, em casa da prima Teodolina num dia de 1944, esquecido talvez do que dele dissera o príncipe dos poetas brasileiros, Leandro Gomes de Barros, em 1909.

Pergunta o vale ao oiteiro, 
O ímã a exaltação, 
O vento pergunta à terra 
E a brisa ao furacão, 
Respondem todos em coro:
Esse é o rifle de Ouro,
Governador do Sertão"

Fonte:
Diário Oficial
Estado de Pernambuco
Ano IX
Julho de 1995

Material cedido pelo escritor, poeta e pesquisador do cangaço:
Kydelmir Dantas

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Um comentário:

  1. Descobri, que uma bisavó da minha mãe ela cozinhava pra Este Cangaceiro.

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