Por: José Mendes Pereira
Lampião
Segundo informações de alguns pesquisadores através de depoimentos pessoais, que José Ferreira da Silva, o patriarca da família Ferreira, era pessoa pacata, trabalhadora, ordeira e de ótima índole, do tipo que evita ao máximo qualquer desentendimento. Esses depoimentos positivos merecem especial atenção e ainda maior credibilidade por terem sido prestados por pessoas inimigas da família. Apesar da inimizade, nenhum depoente denegriu a pessoa de José Ferreira da Silva. Ao contrário, elogiou de acordo com o seu comportamento de um grande homem sertanejo.
Mas segundo os depoentes, a mãe de Lampião dona Maria Sulena da Purificação já era um pouco diferente, isto é mais realista em relação ao ambiente em que a família vivia. De maneira geral todos os entrevistados declararam que José Ferreira da Silva desarmava os filhos na porta da frente, e dona Maria os armava na porta de trás dizendo:
"- Filho meu não é para ser guardado no caritó. Não criei filho para ser desmoralizado".
Quem está de fora tem outra visão, porque o que aconteceu com os Ferreiras não foi com a sua família. Eu acho que dona Maria tinha razão, quando exigia o respeito com os seus filhos.
Diante de
tantas decepções que a família Ferreira viveu, o que ganhou foi sofrimentos. O pai perdeu a propriedade,
isto é obrigado a vendê-la a qualquer valor, desde que saísse daquelas terras de Pernambuco, tentando evitar um confronto que poderia surgir mortes entre seus filhos e o fazendeiro José Saturnino.
O fazendeiro José Saturnino - inimigo nº 1 de Lampião
O futuro rei do cangaço estava cobrando do Zé Saturnino a falta de honestidade, por ter aceitado roubos no seu rebanho de bodes, e quem sabe, tenha sido ele mesmo o causador da subtração no seu rebanho.
Sem ter nada com a confusão de Lampião contra o fazendeiro José Saturnino, o João Ferreira dos Santos, o quinto filho do casal foi preso e maltratado, porque os policiais exigiam dele informações onde se encontrava Lampião.
João Ferreira dos Santos -irmão de Lampião
Em seguida Lampião perdeu a mãe. Ela não suportando o desrespeito que o Zé Saturnino estava praticando contra o seu esposo, o coração não aguentando as pressões, infartou-a. E dias depois, perdeu o pai, que fora assassinado pelas armas do tenente Zé Lucena.
QUANDO TUDO
ACONTECEU
Por: Hélio Pólvora
Por: Hélio Pólvora
"1889: Proclamação
da República no Brasil; 1898: Nasce Virgulino Ferreira da Silva, a 4 de julho,
em Serra Talhada, Pernambuco (segundo a certidão de batismo); 1911: Nasce
Maria Bonita, a 8 de março; 1914: Primeira Guerra Mundial; 1918: O
pai de Lampião é assassinado após disputa de terra. 1920: Lampião
entra para o cangaço, com três irmãos; 1925: A Coluna Prestes inicia
marcha; 1926: Lampião recebe patente de capitão dos Exércitos
Patrióticos; 1930: Deposição de Washington Luiz e início da era
Vargas; Corisco se junta a Lampião; 1932: Nasce Expedita, filha única
de Lampião e sua rainha, a 13 de setembro; 1937: Vargas decreta o
Estado Novo; 1938: Lampião e Maria Bonita morrem na Grota do Angico: ela é
decapitada ainda viva. 1939: Segunda Guerra Mundial; 1940: Morre
Corisco, a 25 de maio, metralhado em Barra do Mendes, Bahia; 1969: As
cabeças de Lampião e Maria Bonita são sepultadas na Quinta dos Lázaros, em
Salvador, a 6 de fevereiro".
http://www.vidaslusofonas.pt/lampiao.htm
.
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Amigo Mendes: O nome da genitora de Virgulino era Maria Sulene ou MARIA LOPES?
ResponderExcluirAbraços,
Antonio José de Oliveira - Povoado Bela Vista - Serrinha-Ba.