Por: Hélio Pólvora
O
historiador Davis Ribeiro Sena transcreve em português correto, no livro As
Revoltas Tenentistas que Abalaram o Brasil, trecho de um bilhete de Lampião
ao governador de Pernambuco, Sérgio Loreto:
“(...) Se o
senhor estiver de acordo, devemos dividir os nossos territórios. Eu, que sou
o capitão Virgulino Ferreira, governador do sertão, fico governando esta zona
de cá, por inteiro, até as pontas dos trilhos em Rio Branco. E o senhor, do
seu lado, governa de Rio Branco até a pancada da água do mar.
Capitão
Virgulino Ferreira, governador do sertão (...)”
Cegos
cantavam nas feiras, de pires estendido para a esmola; a literatura de cordel
registrava:
Sou senhor
absoluto
De todo esse sertão.
Aqui quem quiser passar
Precisa apresentar
Licença do Capitão
Mais alguns
anos e Getúlio Vargas amarraria o cavalo no Obelisco, perto do Palácio Monroe
(demolido nos anos de 1970, sob protestos), final da Av. Rio Branco, no Rio
de Janeiro. A ditadura custou a desmantelar um dos vários focos de rebeldia
armada contra o abandono dos sertões e injustiça de senhores de baraço e
cutelo.
Lampião reinou cerca de vinte anos com sua tropa a princípio escassa,
depois de 30 a 50 cangaceiros, durante os anos 20 e 30 do século 20.
http://www.vidaslusofonas.pt/lampiao.htm
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