Por: José Mendes Pereira
Meu amigo e
irmão Raimundo Feliciano:
Durante o período em que nós fomos atiradores do Tiro de Guerra de Mossoró, tanto no TG como nas nossas idas para lar, presenciamos coisas engraçadas que aconteceram com atiradores, sargentos..., e até mesmo com pessoas que não faziam parte dos nossos sofrimentos naquela casa militar.
Durante o período em que nós fomos atiradores do Tiro de Guerra de Mossoró, tanto no TG como nas nossas idas para lar, presenciamos coisas engraçadas que aconteceram com atiradores, sargentos..., e até mesmo com pessoas que não faziam parte dos nossos sofrimentos naquela casa militar.
Dizem que
envelhecer é um presente de Deus. E parece que é mesmo. Ninguém quer morrer
novo, na fase das ilusões, e é bem melhor "velho escapar fedendo do que
novo morto cheirando".
O cronista Xavier Marques diz que o homem tem quatro fases:
1 - A primeira fase é até os 30 anos.
Novo, robusto, bonito, namorador, corajoso... E ai daquele que o enfrentar! Será banido diante dos homens. Nesta fase ele é homem completo.
O cronista Xavier Marques diz que o homem tem quatro fases:
1 - A primeira fase é até os 30 anos.
Novo, robusto, bonito, namorador, corajoso... E ai daquele que o enfrentar! Será banido diante dos homens. Nesta fase ele é homem completo.
2 - A segunda fase é dos 30 aos 50 anos.
É nesta fase
que ele vive trabalhando para sustentar uma numerosa família. Não pode parar.
Tem que trabalhar. A vida boa já se foi. Nesta fase ele é jumento.
Vive num canto sem que ninguém o veja. Vive ali rodeando a casa como se fosse um vigilante. Se ordena, ninguém obedece. Se chama, ninguém vai lá. Se sorrir, botam cara feia, achando que o velho está humilhando. Nesta fase ele é cão (cachorro).
Velho,
enrugado, anda com dificuldade, não sabe vestir a sua própria roupa. Põe o
cinto por fora das arreatas, calça os chinelos errados. Não quer tomar banho.
Não tem noção das horas. Ninguém quer conversar com ele. Isolado de tudo
e de todos, provocando risos para filhos, netos, noras, genros e mais outros
que tiram um sarrinho da sua cara. Nesta fase ele é macaco.
Hoje me
lembrei de uma madrugada quando nós deslocávamos para o TG, e ao passarmos em
frente à Estação Ferroviária, hoje, Estação das Artes, um velhinho, talvez já
estivesse beirando os 90 anos, jogava xadrez sozinho sob a área de sua
residência.
www.cidade-brasil.com.br
Ali, pelo lado
de fora do muro da sua casa, ficamos espiando e acompanhando a sua disputa
contra o seu parceiro, que na realidade, apenas ele imaginava que estava
jogando com alguém.
O velhinho ficava observando as peças e depois dizia assim: "- Agora é a sua vez".
Como se o suposto jogador tivesse jogado, o velhinho dizia: "- Agora quem joga sou eu. É a minha vez".
Em seguida pegava uma peça do xadrez e a transportava para outro lugar e recolhia uma.
Ali, ficamos
em segredo um bom tempo. Só que, devido a nossa besteira, quando nós
caminhávamos para o TG, já encontramos as turmas de atiradores e os sargentos
que vinham descendo em busca da cidade. Neste dia perdemos mais 2 pontos. Sem
jeito, retornemos para a Casa de Menores Mário Negócio.
Minhas Simples
Histórias
Se você não
gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixe-me pegar outro.
Fonte:
http://minhasimpleshistorias.blogspot.com
Se você achar
que vale a pena e quiser perder um tempinho, clique nos links abaixo:
http://sednemmendes.blogspot.com
http://mendespereira.blogspot.com
Caro Mendes, pelo que venho há tempo observando, você amava o Tiro de Guerra da sua Querida Mossoró tanto quanto aquele internato, cujo nome me foge neste momento.
ResponderExcluirAntonio Oliveira - Serrinha-Ba
Pesquisador Antonio de Oliveira:
ResponderExcluirA Casa de Menores Mário Negócio foi lá que eu aprendi a viver. No Tiro de Guerra eu aprendi o que é a vida.
Abraço fraterno.
José Mendes Pereira - Mossoró - Rio Grande do Norte
Isso Mendes, você está me relembrando o nome da Instituição das suas traquinices, e ao mesmo tempo "foi lá que eu aprendi a viver", enquanto que "No Tiro de Guerra eu aprendi o que é a vida".
ResponderExcluirValorizo imensamente as pessoas que reconhecem as dádivas que lhes são proporcionadas. Parabéns amigo e FILÓSOFO Mendes.
Antonio José de Oliveira - Povoado Bela Vista - Serrinha-Ba