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sábado, 23 de agosto de 2014

As origens do cangaço antes mesmo de Lampião ter nascido! (o cabeleira segundo Franklin Távora).


Nascido na freguesia de Glória do Goitá, pertencente na época a Vitória de Santo Antão, em 1751, José Gomes é considerado por muitos pesquisadores como o primeiro grande cangaceiro, apesar deste termo não ter sido usado na época.

Ao lado do pai, Eugênio Gomes, ele assombrou Pernambuco com assaltos e mortes. Em 1773, os dois e outro delinquente, de nome Teodósio, resolvem atacar o Recife. A ação, no dia 1º. de Setembro, resulta nas mortes de um passante e de um soldado, além do roubo de um armazém.

Foi finalmente preso em 1786 quando tentava se esconder em um canavial de Paudalho. Condenado à forca, sua execução ocorreu no dia 28 de Março do mesmo ano, no Largo das Cinco Pontas.

Em carta enviada ao ministro do Ultramar português, Martinho de Melo e Castro, pelo governador de Pernambuco, José César de Menezes, consta que "os criminosos confessaram quatro mortes, ainda que são infamados de muito mais; que o seu castigo sirva de exemplo".

Franklin Távora

A história de José Gomes foi contada num livro escrito por Franklin Távora, precursor do romance regionalista brasileiro, lançado em 1876.


"Quando se fala em cangaço. Lembra logo Lampião, Como falar em forró Lembra logo Gonzagão. Foi Cabeleira o primeiro Chamado de cangaceiro Nas paragens do Sertão. Seu nome era José Gomes Nasceu lá em Pernambuco, Bem no século dezoito, Filho de um mameluco, Um bandido desordeiro, Que se torna cangaceiro Famoso bom no trabuco.l Trecho do cordel O bandido Cabeleira e o amor de Luisinha (Zé Antonio)".
Fonte: Pernambuco.com

Fora-da-lei, sujeito malvado, em homenagem a José Gomes, o Cabeleira de verdade, um bandido do século XVIII que ficou famosos no Recife depois de seu enforcamento, e que mereceu um romance de Franklin Távora e um poema de João Cabral:

"Os canaviais do Engenho Novo / se limitavam com os do Poço / (por isso, com histórias herdadas / posso ambientar esta história). / Sem lembrar que o carnaval é mar, / "Cabeleira" aí vem se abrigar." "Por que prenderam o "Cabeleira" ", em Poemas pernambucanos, de João Cabral de Melo Neto.

Fonte: facebook
Página: Guilherme Machado

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

5 comentários:

  1. Anônimo16:37:00

    Caro conterrâneo Guilherme Machado: Longe estou de tentar corrigir experientes pesquisadores, mas como todos nós cometemos falhas - muitas vezes inconscientes -, dê uma olhada em suas pesquisas e veja que o nobre escritor Franklin Távora informa que o nome do pai do Cabeleira era Joaquim Gomes. Perdoe-me se estou enganado.
    Antonio Oliveira - Serrinha

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  2. Eu também tinha percebido, mas não quis ir mais a frente. Parece que o texto não foi feito pelo amigo Guilherme Machado.

    Felicidade e paz

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  3. Anônimo17:26:00

    É verdade companheiro Mendes, estive verificando que embora o escritor Franklin
    Távora identifique o pai do Cabeleira como Joaquim Gomes, encontrei o autor de outro texto dando-lhe o nome de Eugênio Gomes. Portanto, o amigo Guilherme Machado buscou o referido nome nesse último texto. Desculpas peço ao amigo Guilherme.
    Antonio Oliveira -Serrinha

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  4. É, eu não conhecia o pai de Cabeleira sendo Eugênio. Talvez poderá Joaquim Eugênio Gomes, não sei. Mas peço também minhas desculpas ao pesquisador Guilherme Machado. Afinal não são críticas da minha parte e nem da parte do pesquisador Antonio de Oliveira. O que nós queremos é a verdade.

    José Mendes Pereira
    Mossoró terra de Santa Luzia
    Rio Grande do Norte.

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  5. Anônimo19:31:00

    Além de tudo pesquisador Mendes, o pesquisador Guilherme, curador do Museu Gonzagão de Serrinha e Museu do Cangaço, também aqui em Serrinha, é pessoa amiga que sempre nos recebe em sua Instituição de braços abertos, como aconteceu ultimamente quando aqui esteve o nobre escritor e Delegado Archimedes Marques fazendo uma visita aos referidos museus.
    Antonio Olivveira

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