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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

...UM CASO PARA SE PENSAR. CHOCANTE...!

Na fotografia vemos o Beato com o Jornalista Hidelbrando Espínola

(Transcrição completa do Massacre do Caldeirão)

"(...) O massacre de 700 seguidores do beato José Lourenço, na comunidade rural de Pau da Colher, na Bahia, uniu a Polícia Militar e o Exército em uma das ações mais violentas contra movimentos populares”.

A origem da tragédia remonta ao sítio do Caldeirão, perto de Juazeiro, um lugar de fartura em pleno sertão nordestino, fundado pelo beato José Lourenço em terras doadas pelo Padre Cícero, que despertou a cobiça de latifundiários. A aglomeração causou inquietação no governo, que temia que se repetissem as experiências de Canudos (1887/1897) e do Contestado (1912-1916).

Para o caldeirão convergiam levas de romeiros vindos Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Bahia em busca de um pedaço de terra para plantar e viver. A comunidade rural autossuficiente chegou a abrigar 3 mil pessoas, que não mais queriam trabalhar para os fazendeiros da região.

Segundo o jornalista Hidelbrando Espínola, repórter do então Jornal Correio do Ceará, José Lourenço fabricou máquinas, tratou a terra e fez a propriedade prosperar. Todos tinham a sua função no grupo e seguiam uma disciplina rígida. Tudo o que produziam era repartido entre os membros da comunidade.

A fazenda começou a ser erguida no início dos anos 30 e foi destruída pela polícia em Setembro 1936. José Lourenço e as famílias, que moravam no Caldeirão, foram despejados e instalaram-se de novo em Pau da Colher.

As condições de vida ainda eram muito precárias quando um grupo ligado ao beato matou em uma emboscada seis policiais militares. Em represália, o acampamento foi metralhado e bombardeado por três aviões. Em seguida as tropas atacaram a população, saquearam, incendiaram e destruíram casas e plantações. Os sertanejos resistiram ao ataque e partiram para a luta corporal armados de facões, ferrões e cacetes contra os soldados de fuzis e metralhadoras. O beato José Lourenço conseguiu escapar e refugiou-se em Pernambuco, onde morreu em 1946.

Quase não restou vestígios da comunidade. No museu histórico do Ceará, no Centro de Fortaleza existem apenas seis peças que lembram o povo do Caldeirão e sua luta: A bandeira da comunidade manchada de sangue, três fotos publicadas em um jornal da época, uma espingarda e um machado. Os objetos estão expostos na sala em memória a Padre Cícero.


Fonte Enviado por: Denise de Almeida em 10/05/2009 

PS. * A SOS - DIREITOS HUMANOS, ONG com sede em Fortaleza - Ceará, ajuizou no ano de 2008 uma Ação Civil Pública na Justiça Federal contra a União Federal e o Estado do Ceará, requerendo que informem a localização exata da COVA COLETIVA onde enterraram os 1000 camponeses católicos assassinados pelo Exército brasileiro e pela Polícia Militar do Ceará, no GENOCÍDIO praticado no Sítio da Santa Cruz do Deserto, bem como, indenização à todas as vítimas sobreviventes e familiares. Junte-se à nossa causa! Dr. Otoniel Ajala Dourado OAB/CE 9288 Presidente da SOS - DIREITOS HUMANOS.


*Claudia Ferreira Dias enviou em 25/09/2010

Sou filha de Florisbela, umas das sobreviventes do massacre minha mãe (FALECIDA), esteve naquele massacre, ela e sua irmã Maria da Conceição, minha mãe tinha um estilhaço de bala no braço, perdeu quase toda a sua família, viu os seus avós sendo assassinados na sua frente, carregou essa dor pela vida inteira, sofreu em orfanato, apanhou, de pessoas perdeu seus bens, e agora quem vai reparar tudo isso, o pior de tudo depois de sessenta anos encontrou a sua irmã, só que ela já estava morta não pode nem sequer dar-lhe um abraço, muito triste isso. Tenho alguns relatos dessa tragédia.

*Cloves Reges Maia enviou em 13/05/2012 

Meu avô, Hermógenes Reges, inconformado com a conversão de meu tio à seita do Caldeirão, foi até a comunidade, tentar dissuadi-lo da ideia e retornar com ele pra casa. Um dos integrantes da seita, de nome Zacarias, como que tomado por um espírito ruim (relato de meu pai), avançou sobre meu avô e o matou, na frente do próprio filho, membro da seita. Depois disso, queimou o corpo do meu avô em fogueira improvisada. Meu tio e sua espora seguiram com o beato. Minha tia conseguiu abandonar a seita, já que era mantida em cárcere privado. Meu tio morreu, provavelmente por policiais, e nunca mais se teve notícias de onde poderia estar o corpo. Meu pai tem, hoje, 83 anos. Na época, tinha 8 anos de idade.

*Gilberto de S. Silva enviou em 29/09/2012 

Eu Gilberto de Sousa Silva sou filho de Fernando Pereira de Sousa . Meu pai foi deixado por seus pais quando pequeno ainda, próximo ao local do Pau de Colher. Com uma mulher chamada Janoca das Queimadas, os meus avós eram conhecidos como: Francisco ou Chico Passarinho. Dona Francisca Pereira de Sousa minha avó. Eles foram embora sem deixa notícias até hoje, só sabemos que eles levaram mais 10 filhos com eles, só deixaram meu pai Fernando, hoje ele tem 62 anos e vive no município de Dom Inocêncio PI. Eu pretendo ainda encontrar pelo menos algum irmão dele. Eu moro atualmente em São Paulo, mas se alguém tiver alguma notícia, entre em contato pelo meu e-mail: gilberto.sousa.silva@hotmail.com

Fonte: facebook

http://blogdomendesemendes.blogsot.com.br

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