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domingo, 22 de fevereiro de 2015

MARIA COMPANHEIRA DO CANGACEIRO JURITY

Maria do cangaceiro Jurity 
Esta foto pertence ao acervo do escritor e pesquisador do cangaço João de Sousa Lima - http://www.joaodesousalima.com

Maria de Jurity foi uma das cangaceiras que escaparam do combate na Grota do Angico, porém decidiu levar sua vida sem falar nada com ninguém, morreu sem dar entrevistas.

Infelizmente o cangaço deixou nessa mulher traumas e sequelas que nem mesmo o tempo foi capaz de apagar.

Morreu levando consigo muitos conhecimentos e histórias que presenciou e vivenciou enquanto acompanhava seu companheiro.

NAS QUEBRADAS DO SERTÃO.

ADENDO - Postado no: 
http://blogdomendesemendes.blogspot.com


Para quem ainda não conhecia o cangaceiro Jurity aqui está ele. Durante o período do cangaço não foi só mar de rosas para os cangaceiros, porque alguns desses delinquentes foram barbaramente assassinados de forma desumana. Mas para mim, o cangaceiro que mais sofreu no momento da morte, foi o Jurity.

Sargento De Luz

O escritor Alcino Alves Costa diz em seu livro "Lampião Além da Versão - Mentira e Mistérios de Angico” que uma das autoridades mais perversa e sanguinária foi Amâncio Ferreira da Silva, que os cangaceiros já com documento de Soltura, ele os perseguia só para ter o prazer de matá-lo. 

Diz o escritor: "Amâncio Ferreira da Silva era o verdadeiro nome do sargento De Luz. Nascido no  dia 11 de agosto de 1905, este pernambucano ainda muito jovem arribou  para o Estado de Sergipe, indo prestar os seus serviços na polícia militar sergipana. Os tempos tenebrosos do banditismo levaram De Luz para o último porto navegável do Velho Chico, o arruado do Canindé Velho de  Baixo. Por ser um militar extremamente genioso, violento e perverso, ganha notoriedade em toda linha do São Francisco e pelas bibocas das caatingas do sertão. Dos tempos do cangaço ficou na história, e está  registrada no livro “Lampião em Sergipe”, o espancamento injusto que ele deu no pai de Adília e Delicado, o velho João Mulatinho, deixando-o  para sempre aleijado". 

Continua o escritor: "Um de seus maiores prazeres era caçar ex-cangaceiro para matá-los sem perdão e sem piedade. Foi o que fez com Juriti, prendendo-o na fazenda Pedra D`água e o assassinando de maneira vil e abjeta jogando-o em uma fogueira nas proximidades da fazenda Cuiabá. Foi em virtude de desavenças com o seu sogro, o pai de Dalva, sua esposa, que naquele dia 30 de setembro de 1952, quando viajava de sua fazenda Araticum para o Canindé Velho de Baixo, se viu tocaiado e morto com vários tiros. Morte atribuída ao velho pai de Dalva, o senhor João Marinho, proprietário da famosa fazenda Brejo, no hoje município de Canindé de São Francisco".

Continua o escritor: "Diz a história que João Marinho foi o mandante, chegando até ser preso; e seu genro João Maria Valadão, casado com Mariinha, irmã de Dalva, portanto cunhado de De Luz, ainda vivo até a feitura desse artigo, com seus 96 anos de idade, completados no mês de dezembro de 2011, foi quem tocaiou e matou o célebre militar e delegado que aterrorizou Canindé e o Sertão do São Francisco. Foi o sargento De Luz o matador de Manoel Pereira de Azevedo, o perverso e famoso Juriti. Manoel Pereira de Azevedo era um baiano lá das bandas do Salgado do Melão. Um dia arribou de seu inóspito sertão e viajou para as terras do Sertão do São Francisco, indo ser cangaceiro de Lampião, recebendo o nome de guerra de Juriti”.

Fonte: facebook
Página: Geraldo JúniorO Cangaço

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Um comentário:

  1. Anônimo08:38:00

    Pois é Pesquisador Mendes e Geraldo Júnior, cada um que passou pelas veredas tenebrosas do cangaço, tem uma maneira de reagir porque sabe o que sentiu na pele. É o caso de Maria de Jurity que morreu sem passar para ninguém parte da história do cangaço.
    Antonio Oliveira - Serrinha

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