Por Caio César
Muniz
É com uma
tristeza imensa em meu peito que me despeço da Fundação Vingt-un Rosado
enquanto seu funcionário. Lá se vão quatorze anos de um trabalho que se tornou
mais que um emprego, tornou-se uma causa.
Saio de cabeça
erguida, creio que cumpri com minhas obrigações a contento. Vivi dias de muito
saber ao lado de Vingt-un. Fui contratado para digitar um livro, apenas um e
nunca mais parei, tornei-me seu auxiliar naturalmente, seu "ouvido
esquerdo", como diriam alguns. Na sua partida em dezembro de 2005, eu jurava
por Deus que teríamos condições de ir muito mais além, e fomos.
Hoje, quase
dez anos após a sua partida, vejo a Fundação "suspender" suas
atividades por tempo indeterminado. Uma forma respeitosa da diretoria para não
fechar de vez as portas da entidade. Conseguimos viver dez anos sem Vingt-un. É
muita coisa para nós, que somos tão pequenos diante dele.
Dr. Jerônimo
Vingt-un Rosado Maia - Obrigado Caio César Muniz, pelo bom trabalho que você
fez em prol da minha fundação. Se eu ainda estivesse aí, estas luzes não se apagariam.
Vingt-un foi
uma espécie de faculdade para mim. Aprendi mais com ele sobre a história do Rio
Grande do Norte do que com qualquer outra universidade do mundo. Sou muito
grato por isto. Ganhei muito em conhecê-lo. Sou um privilegiado.
Neste tempo,
consegui aprovar e executar alguns trabalhos dos quais me orgulho: quatro
etapas do Rota Batida junto à Lei Câmara Cascudo e o Acervo Virtual Oswaldo
Lamartine em três etapas junto ao Banco do Nordeste do Brasil (BNB). O acervo,
infelizmente, devido às dificuldades dos últimos três anos, foi desativado.
Não abandonei
o barco. A minha dispensa é de comum acordo, para o bem da Fundação neste
momento de tanta insensibilidade para com as coisas da cultura. Estive (e sempre
estarei) pronto para ajudar. Fui ontem, sou hoje e sempre serei um soldado de
Vingt-un. Muito obrigado a ele, que neste momento, tenho certeza, também sente
muito em ver seu legado definhando a cada dia. Que saiam todos, eu apago as
luzes.
Fonte: facebook
Página: Caio César Muniz
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Caro pesquisador Mendes: Quando uma casa de cultura é fechada, o prejuízo é para toda a Sociedade. Resido muito distante de Mossoró, mas lamento o fechamento da referida Instituição. Uma Instituição criada por uma figura séria. Creio ainda que as autoridades Mossoroenses irão rever a situação e não deixar que ela fechem as suas portas.
ResponderExcluirGrato,
Antonio Oliveira - Serrinha
Como mossoroense, hoje, ,residente em Cruz/CE, fiquei comovido com esta reportagem sobre o fechamento da Fundação Vingt-um Rosado, pois é um atentado contra a cultura potyguar. Aonde estão as autoridades de Mossoró? Será que o poder público só tem dinheiro,para gastar com o menos importante? Dr. Lima. Amigo de Vingt-um formado pela ESAM.
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