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segunda-feira, 10 de agosto de 2015

ANTÔNIO SILVINO - O RIFLE DE OURO


A fama do cangaceiro era incontestável... Antônio Silvino foi o precursor de Lampião no cangaço nordestino.

Silvino era uma espécie de cangaceiro romântico que mantinha uma certa "ética" em relação ao seu modo de agir.

Antônio Silvino (ou Manoel Baptista de Morais, Ingazeira, PE, 02 de novembro de 1875 — Campina Grande, PB, 30 de julho de 1944) foi um cangaceiro, filho de Francisco Batista de Morais e Balbina Pereira de Morais.

Faleceu em Campina Grande, em casa de uma prima, no dia 30 de julho de 1944.

Silvino e seu bando arrancaram trilhos, prenderam funcionários, e sequestraram engenheiros da Great Western, que implantava o sistema ferroviário no estado da Paraíba.

Nesse estado, um dos seus maiores perseguidores, nos primeiros anos do Séc. XX, foi o alferes Joaquim Henriques de Araújo, que mais tarde viria a ser Comandante da Polícia Militar paraibana. Em Pernambuco, uma década depois, foi perseguido pelo alferes Teófanes Ferraz Torres, delegado do município de Taquaritinga, que finalmente o prendeu em 1914, no governo do general Dantas Barreto.

Tornando-se o prisioneiro número 1122, da cela 35, do Raio Leste da antiga Casa de Detenção do Recife, teve comportamento exemplar. Em 1937, é libertado através de um indulto do presidente Getúlio Vargas.

Obs: Na imagem abaixo Getúlio Vargas (Presidente da República) e Antônio Silvino em um encontro ocorrido após ter obtido sua liberdade através do perdão presidencial e voltando como um homem livre e recuperado para a sociedade.

ADENDOS

Maria Quiteria Moraes neta de Antonio Silvino disse:

Antonio Silvino deixou de ser o presidiário nº 1.122 e passou a ser o cidadão Manuel Baptista de Moraes. Ao sair da Detenção pediu ao filho (Meu Pai, Severino Baptista de Moraes) para ver o mar, o que logo foi atendido. Silvino foi levado para Olinda e pode experimentar sensação de receber a brisa no rosto, coisa que não tinha sentido ainda.

Ele quis também retornar ao sertão e visitar amigos e parentes, porém antes deu longa entrevista na sede do Jornal Pequeno e depois circulou pelas ruas do Recife, em especial pelos cafés da Rua Nova, que na época era considerada a rua ponto de encontro de intelectuais, boêmios e pessoas nobres. A reportagem publicada no Jornal Pequeno do dia 03 de abril de 1937 e conta a experiência que no tempo de Silvino na cadeia.

Quero fazer uma correção quanto ao nome do pai de Antonio Silvino, complementando a informação de Geraldo Júnior, em vez de Francisco, o nome correto era: Pedro Bapista de Moraes, "O Batistão", Antonio Silvino era o filho caçula e tinha o apelido entre os familiares de "Nezinho".

Francisco Pereira Lima comentou o seguinte:

Quem não conhece bem a história de Jesuíno Brilhante e desejar se aprofundar no tema, é só ler: Jesuíno Brilhante: O Cangaceiro Romântico, de Raimundo Nonato; Cangaceiro e Herói: Jesuíno Brilhante, de José Gregório; A Saga dos Limões: Negritude no enfrentamento ao Cangaço de Jesuíno Brilhante, de Dr. Epitácio Andrade; Nas Veredas da Terra do Sol, de José Romero Cardoso e Solos de Avena, de Alício Barreto.

Bibliografia básica sobre Antônio: "Antônio Silvino, o Rifle de Ouro", de Severino Barbosa; "Antônio Silvino: Capitão de Trabuco", de Mário Souto Maior; "Antônio Silvino, o Cangaceiro, o Homem, o Mito" de Dr. Sérgio Dantas; "Antônio Silvino no RN", de Raul Fernandes; "Antônio Silvino: De Governador dos Sertões a Governador da Detenção(1875-1944)"; além dos cordéis de Francisco das Chagas Batista e Leandro Gomes de Barros. 

Sálvio Siqueira fez também o seu comentário:

Nesse encontro foi quando o 'rifle de ouro' pediu um emprego ao Presidente Getúlio Vargas, ganhou emprego no DER. "Ele" disse, “Em vez de ir aos santos fui logo a Deus e consegui o que pedi. Sou um homem perfeitamente feliz”. Grande Antônio Silvino da Serra da Colônia, Afogados da Ingazeira- PE, há 55 km de onde moro. Morreu no mesmo dia de lampião 28 de julho. Muita coincidência!

Vejam só o que ele aprontou em Jardins das Piranhas- RN, ANTONIO SILVINO, O FAMOSO CHEFE DE BANDOLEIROS, EM VÉSPERAS DE REAVER A LIBERDADE, FALA A “A NOITE” NA PENITENCIÁRIA DE RECIFE,"(...) As casas da povoação não tinham reboco e o lixo vivia espalhado pelas ruas. Só eram rebocadas as casas dos comerciantes.Fiz o delegado intimar a virem à minha presença os proprietários, e exigi que rebocassem as casas. A princípio houve protesto. Então, para que não fosse desmoralizado, fiz o delegado intimar a virem à minha presença os proprietários, exigi e estabeleci uma multa de 100$000 a 10:000$000 para aqueles que no prazo de 10 meses não houvessem cumprido as minhas ordens. No fim do prazo, quando voltei, não conheci o povoado. Ficou uma beleza! Apenas três casas ainda estavam como dantes; sendo duas à falta de braços e outra de uma viúva que possuía apenas 100$000. Ela, porém, me declarou que era parente dos comerciantes da terra. Mandei-os chamar e fiz uma arrumação para que a casa fosse rebocada.

O prefeito Juvenal mandou agradecer o benefício. Até o governador, o Dr. Alberto Maranhão, eu sei que gostou muito. Achou muito boa a minha ideia!(...).

Dele, foi esse depoimento: "Nunca tive medo de morrer em pé, quando campeava pelo Nordeste, mas, agora, deitado, não quero morrer, se bem que não tenha medo do inferno, pois se para lá for, disputarei um lugar de chefe, um posto de comando qualquer. Pro céu é que eu não quero ir, pois, ao que me consta, lá não há campo pra luta, nem lugar para Capitão de mato como sempre fui. Quero viver mais um pouco, mesmo com esta agonia que estou sentindo, com esta falta de ar, com esta falta de conforto.

A justiça dos homens me condenou. A justiça da Revolução de 30 me absolveu, dando-me liberdade. A doença agora me prende e eu tenho que aguardar o pronunciamento da justiça de Deus. É ela maior de que todas as justiças da terra." FONTES CONSULTADAS:

BARBOSA, Severino. Antônio Silvino o rifle de ouro: vida, combates, prisão e morte do mais famoso cangaceiro do sertão. Recife: CEPE, 1997.
FERNANDES, Raul. Antônio Silvino no RN. Natal: CLIMA, 1990.
MELO, Frederico Pernambucano de. Quem foi Lampião. Recife/Zurich: Stahli, 1993.
MOURA, Severino Rodrigues de. Antônio Silvino. Revista de História Municipal, Recife, n. 7, p.139-142, ago. 1997.

Silvino Aires Cavalcanti de Albuquerque, tio de 'Batistinha'( Antônio Silvino), vivia fugindo do cerco da polícia, mas foi preso enquanto dormia, pelo Capitão Abílio Novais, perto de Samambaia, distrito de Custódia, em Pernambuco. Com a prisão do tio e bandoleiro, Batistinha assumiu o comando do cangaço, mudou o seu primeiro nome para Antônio (não se sabe, até hoje, o motivo) e, o segundo, para Silvino, em homenagem ao familiar e ex-chefe que tanto admirava.
A partir daí, passou a ser conhecido com o nome de guerra de Antônio Silvino e apelido de "Rifle de Ouro". Um pouco antes de Lampião, ele representou o mais famoso chefe de cangaço, substituindo cangaceiros célebres tais como Jesuíno Brilhante, Adolfo Meia-Noite, Preto, Moita Brava, o tio - Silvino Aires - e o próprio pai - Francisco Batista de Morais (conhecido como Batistão).

Fonte: Wikipédia

Fonte: facebook

http://blogdomendesemendes.blogspot.com


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