Por Dênis Carvalho. (matéria postada, inicialmente, em 2013, em seu perfil)
Tenho acompanhado durante toda a semana as discussões a respeito da alocação de
um monumento dedicado a passagem da Coluna Prestes no município de Floresta –
PE.
Fica então a pergunta: qual o sentido dessa homenagem?
Para quem não conhece, a Coluna Prestes foi um “movimento político-militar”
liderado pelo comunista Luis Carlos Prestes, tendo percorrido mais de 20.000 km
pelo interior do país.
O mais estranho desse movimento é que, apesar de seus ideais serem
indiscutivelmente louváveis, como a exigência do voto popular secreto e
melhorias no ensino publico, jamais conseguiram o apoio popular, tendo
concluído sua marcha sem ter conseguido cumprir nenhum de seus objetivos.
Ora, se até mesmo o temido cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva (Lampião)
conseguiu conquistar o respeito e a admiração de alguns sertanejos, por que não
ouvimos nenhum dos que tiveram contato com a Coluna narrar algo de positivo ou
admirável?
O repúdio popular, na época, explica-se em decorrência do modus operandi com
que os “revoltosos” utilizavam para fazer aderir os populares à causa. O uso da
violência era constante: invadiam fazendas e casas, torturavam seus moradores,
roubavam provisões e animais de carga; tudo isso em nome da “causa”. Qualquer
sertanejo era taxado de “jagunço” e não havia o mínimo respeito com os
habitantes dos locais por onde passavam.
Lutar por uma causa justa com o uso de meios imorais e ilegais, a meu ver, não
faz de ninguém um herói. Sei que muitos vão dizer que “os tempos eram outros”,
mas nada justifica o uso de uma força com dezenas de homens contra simples
sertanejos, que em nada deram causa à sua luta, muito menos poderiam esboçar
qualquer forma de reação.
Não vejo nenhuma necessidade de um monumento relacionado à Coluna Prestes em
Floresta, afinal, esse monumento já existe...
Eis na imagem o túmulo de João Lopes Diniz, morto em 1926 na fazenda Campo
Alegre durante a passagem do movimento. Seu corpo ficou exposto no terreiro de
sua casa, tombado no local de seu assassinato, enquanto sua esposa e filhas choravam
implorando que deixassem enterrá-lo. As respostas eram apenas ironias, seguidas
de gargalhadas.
Hoje vemos nossos opressores virarem heróis, ao passo que nossos mortos são
esquecidos. Enquanto seu túmulo jaz abandonado, engolido pela caatinga; seus algozes
receberão uma homenagem em um dos lugares mais pomposos da cidade que sua
família ajudou a construir.
Muitos outros marcos foram deixados por onde passaram, como cercas incendiadas,
marcas de projéteis de bala e pessoas traumatizadas.
A construção dessa obra é, então, uma total falta de respeito e uma grande
demonstração de que a história do município está sendo irresponsavelmente
ignorada por seus dirigentes. E isso em nada me admira, afinal, vivemos em um
país em que o crime compensa e que, em vez de penas, rendem-se homenagens aos
criminosos.
Tenho acompanhado durante toda a semana em discussões a respeito da alocação de
um monumento dedicado uma passagem da coluna prestes no município de
floresta-PE.
Então fica a pergunta: qual o sentido dessa homenagem do capital inicial?
Para quem não conhece, uma coluna prestes ja foi um movimento político-Militar
"~ liderado pelo comunista Luis Carlos Prestes, tendo mais de 20.000 km
percorrido pelo interior do país.
O mais estranho desse movimento é que, apesar de serem seus ideais
indiscutivelmente louváveis, como uma exigência do voto popular secreto e
melhorias no ensino publico, jamais conseguiram ó pelo popular, tendo concluído
sua marcha sem ter conseguido cumprir nenhum de seus objetivos.
Ora, se ate mesmo o temido Cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva (Lampião)
conseguiu conquistar o respeito e a admiração de alguns sertanejos, por que não
ouvimos nenhum dos que tiveram contato com uma coluna narrar algo de positivo
está admirável?
O Repúdio Popular, na época, explica-se em decorrência do modus operandi com
que os revoltosos "~ "~ utilizavam para fazer os populares aderir à
causa. O uso da violência era constante: INVADIAM FAZENDAS e casas, torturavam
seus moradores, roubavam provisões e animais de carga; tudo isso em nome da
causa ai ". Qualquer sertanejo era taxado de "~ jagunço ai e não
havia o mínimo respeito com os habitantes dos locais por onde passavam.
Lutar por uma causa justa com o uso de meios ilegais e imorais, a meu ver, não
faz de ninguém um herói. Sei que muitos vão dizer que ai os tempos eram outros
", Mas nada justifica o uso de uma força com dezenas de homens contra
simples sertanejos, que em nada deram à causa da sua, muito menos poderiam
esboçar qualquer forma de reação.
Não vejo nenhuma necessidade de um monumento relacionado à coluna prestes em
floresta, afinal, esse monumento sem existe...
Sie na imagem o túmulo de João Lopes Diniz, morto em 1926 na fazenda campo
alegre durante a passagem do movimento. Seu corpo ficou exposto no terreiro de
sua casa, tombado no local de seu assassinato, enquanto sua esposa e filhas
choravam implorando que deixassem enterrá-lo. Como respostas eram apenas
ironias, seguidas de gargalhadas.
Hoje vemos nossos opressores virarem heróis, ao passo que nossos mortos são
esquecidos. Enquanto o seu túmulo jaz abandonado, engolido pela caatinga; seus
algozes receberão uma homenagem do capital inicial em um dos lugares mais
pomposos da cidade que ajudou a construir sua família.
Muitos outros Marcos foram deixados por onde passaram, como cercas incendiadas,
marcas de projéteis de bala e pessoas traumatizadas.
Uma construção dessa obra é, então, uma total falta de respeito e uma grande
demonstração de que a história do município está sendo irresponsavelmente
ignorada por seus dirigentes. E isso em nada me admira, afinal, vivemos em um
país em que o crime compensa e que, em vez de penas, rendem-se homenagens aos
criminosos.
Fonte: facebook
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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