Texto extraído
do Livro CORISCO – A SOMBRA DE LAMPIÃO de Sérgio Augusto de Souza Dantas.
“Cessam-se, em
seguida, os disparos.
O oficial,
lentamente, se aproxima dos feridos. Dadá, apesar de se contorcer de dor, está
consciente e atenta à aproximação dos soldados. Um destes percebe que ela está
viva. Brada um xingamento e diz que vai matá-la. A mulher, em resposta, lhe
vocifera um desaforo. O Tenente Rufino manda que ele saia dali. A cangaceira
lhe roga para não ser torturada:
- Olhe, peço
pelo amor de sua família, pode até me matar, mas não deixe ninguém judiar de
mim. E ele respondeu, dizendo que ninguém tocava em mim”. (Soares, 1984: 79).
Em seguida o
militar se acerca de Corisco. O estado do velho cangaceiro é grave. A exposição
das vísceras e a respiração descompassada autenticam a delicadeza do quadro.
Rufino indaga:
- Por que não
se entregou? Eu lhe garanti a vida!
Não sou homem para me entregar! Prefiro morrer!
Sabe quem sou eu?
Não! Não sei!
Sou o Tenente José Rufino!
As feições de
Corisco se tornam carregadas de ódio. A partir dali não pronuncia mais qualquer
palavra. Cerra os olhos. Parece surpreso com aquela revelação. Possivelmente
jamais imaginara que o velho chefe de Volante fosse caçá-lo naqueles confins”.
CONTINUA...
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