Por Jorge Remigio
Arte de
Eduardo Lima
"O
fascínio por Lampião que muitas pessoas externam, sejam nordestinos ou não, vem
de uma criação, uma construção ao longo do tempo, de uma figura mitológica. Os
cordelistas tiveram grande influência nesse imaginário. Junto com repentistas,
cantadores de meio de feira, mais tardiamente a literatura e o cinema,
distorceram a realidade do cangaço. É o que chamamos de inversão de valores.
Lampião foi bandido? Foi. É incontestável. Agora, como falei, sua imagem foi
ganhando outros contornos ao longo dos anos. Álibis como vingador, vítima dos
poderosos, injustiçado, foram se aglutinando a valores exaltados pela cultura
sertaneja da época, como: coragem, valentia, tudo isso formou um amálgama,
resultando em uma visão positiva daquele que foi o maior bandido do fenômeno
cangaço. Lampião hoje é um mito. Impossível acabar o mito. Mas é importante
também, ter uma visão histórica do personagem e também do que foi o
cangaço."
Jorge Rempígio
Pesquisador,
Sócio do GPEC
Conselheiro
Cariri Cangaço
João Pessoa
http://cariricangaco.blogspot.com.br/2016/04/o-fascinio-e-o-mito-porjorge-remigio.html
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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