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sexta-feira, 10 de junho de 2016

A PROFECIA DO PADRE QUINCAS TEM SIDO CUMPRIDA

Por Jose Mendes Pereira
Capela da Vila de São Francisco onde o rei Lampião foi batizado pelo Padre Quinca, e Virgulino Ferreira da Silva aos 10 anos de idade - Foto da capela: Cortesia Escritor Valdir Nogueira. - Foto do Padre Quinca : Livro - Autor - Edvaldo Feitosa Foto do menino Virgolino: Livro "Lampeão" Autor: Optato Gueiros
2ª Fonte: Facebook - Página: Voltaseca Volta

Virgulino Ferreira da Silva o Lampião é um dos facínoras mais estudado no chão brasileiro. Não foi só um nem dois cangaceiros que ficaram na história, mas muitos, e o mais estudado e admirado é o perverso e sanguinário rei do cangaço Lampião.

Além dele, reinaram no sertão brasileiro, principalmente no Nordeste: José Gomes, o Cabeleira, e segundo os estudiosos ele foi o primeiro.

 José Gomes o Cabeleira

Posteriormente apareceu o Jesuíno Brilhante, Antonio Silvino e outros tantos, que se destacaram no mundo do crime, mas na verdade, o que foi e continua sendo estudado e admirado é o Virgulino Ferreira da Silva o Lampião.

Dizem que ele foi batizado aos três meses de nascido, na capela do povoado de São Francisco, sendo seus padrinhos os avós maternos: Manuel Pedro Lopes e D. Maria Jacosa Vieira.

Dona Jacosa avó de Lampião está à esquerda na imagem abaixo. Os demais, se os colecionadores souberem quem são, agradecemos por identificá-los. Eu já vi esta foto em algum site, informando que o homem que aparece é o avô materno de Lampião. Mas acho eu que não é, pois o homem é muito jovem para ser esposo da dona Jacosa, que na foto ela já estava muito idosa.

A cerimônia foi oficiada por Padre Quincas, que profetizou:

- "Virgulino - explicou o padre - vem de vírgula, quer dizer, pausa, parada." E arregalando os olhos:

- "Quem sabe, o sertão inteiro e talvez o mundo vão parar de admiração por ele".

O padre Quincas estava mais do que certo. Lampião o rei do cangaço, apesar de ter sido nada agradável durante o seu reino de marginal, ainda continua vivo e bem vivo na mente do povo brasileiro e de outros países que têm interesses pelos estudos cangaceiros.

Dizem os historiadores que ninguém soube melhor administrar um bando de delinquentes/marginais do que ele. Sabia dominar os seus subordinados, e todos o respeitavam como uma grande autoridade militar, muito embora, a sua patente de capitão, não tinha vínculo com corporação militar nenhuma.

Apesar de ter sido desmascarado em Pernambuco (sua terra natal) com a patente que recebera no Ceará das mãos do Padre Cícero, respeitou o padre, e nunca tentou fazer nada contra ele, pela falsa patente que havia recebido.

Supõe-se que ele entendeu, que o padre Cícero Romão Batista não era o culpado pelo desrespeito à sua pessoa, entregando-lhe uma patente fajuta e feita nas coxas.

Floro bartolomeu e Padre Cícero Romão Batista

Algumas autoridades haviam lhe enganado, um deles, o Floro Bartolomeu que fez tudo para que o padre recebesse na sua casa, o Virgulino Ferreira da Silva, e entregasse armas, munições e fardamentos para ele e seus comandados combaterem a coluna Prestes.
No dia 6 de março de 1926, Lampião recebeu das mãos do padre Cícero, tudo isto, só que nesse dia, o deputado Floro Bartolomeu já estava no Rio de Janeiro, e no dia 8, dois dias após as entregas das armas, munições e fardamentos, Floro Bartolomeu faleceu solteiro e pobre no Rio de Janeiro, vítima de angina. Era, na ocasião, general honorário do Exército e deputado federal. Foi enterrado com as honras de seu posto militar.

Com a decepção que passou Lampião, ao chegar na sua terra natal Pernambuco, que não foi considerada a sua patente de capitão, é quase certo que, se o Floro Bartolomeu estivesse vivo, Lampião teria voltado ao Ceará para acertar as contas com ele, para não o patentear com falsidade.

Mas mesmo tendo sido decepcionado ele continuou administrando a sua "Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia" sem mais falar na fajuta patente de capitão.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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