Por Jose Mendes Pereira
Capela da Vila de São Francisco onde o rei Lampião foi batizado pelo Padre Quinca, e Virgulino Ferreira da Silva aos 10 anos de idade - Foto da capela: Cortesia Escritor Valdir Nogueira. - Foto do Padre Quinca : Livro - Autor - Edvaldo Feitosa Foto do menino Virgolino: Livro "Lampeão" Autor: Optato Gueiros
2ª Fonte: Facebook - Página: Voltaseca Volta
Virgulino
Ferreira da Silva o Lampião é um dos facínoras mais estudado no chão
brasileiro. Não foi só um nem dois cangaceiros que ficaram na história, mas
muitos, e o mais estudado e admirado é o perverso e sanguinário rei do cangaço
Lampião.
Além dele,
reinaram no sertão brasileiro, principalmente no Nordeste: José Gomes, o
Cabeleira, e segundo os estudiosos ele foi o primeiro.
José Gomes o Cabeleira
Posteriormente
apareceu o Jesuíno Brilhante, Antonio Silvino e outros tantos, que se
destacaram no mundo do crime, mas na verdade, o que foi e continua sendo
estudado e admirado é o Virgulino Ferreira da Silva o Lampião.
Dizem que ele
foi batizado aos três meses de nascido, na capela do povoado de São Francisco,
sendo seus padrinhos os avós maternos: Manuel Pedro Lopes e D. Maria Jacosa
Vieira.
Dona
Jacosa avó de Lampião está à esquerda na imagem abaixo. Os demais, se os
colecionadores souberem quem são, agradecemos por identificá-los. Eu já vi esta
foto em algum site, informando que o homem que aparece é o avô materno de
Lampião. Mas acho eu que não é, pois o homem é muito jovem para ser esposo da
dona Jacosa, que na foto ela já estava muito idosa.
A cerimônia
foi oficiada por Padre Quincas, que profetizou:
-
"Virgulino - explicou o padre - vem de vírgula, quer dizer, pausa,
parada." E arregalando os olhos:
- "Quem
sabe, o sertão inteiro e talvez o mundo vão parar de admiração por ele".
O padre Quincas
estava mais do que certo. Lampião o rei do cangaço, apesar de ter sido nada
agradável durante o seu reino de marginal, ainda continua vivo e bem vivo na
mente do povo brasileiro e de outros países que têm interesses pelos estudos
cangaceiros.
Dizem os historiadores
que ninguém soube melhor administrar um bando de delinquentes/marginais do que
ele. Sabia dominar os seus subordinados, e todos o respeitavam como uma grande
autoridade militar, muito embora, a sua patente de capitão, não tinha vínculo
com corporação militar nenhuma.
Apesar de ter
sido desmascarado em Pernambuco (sua terra natal) com a patente que recebera no
Ceará das mãos do Padre Cícero, respeitou o padre, e nunca tentou fazer nada
contra ele, pela falsa patente que havia recebido.
Supõe-se que
ele entendeu, que o padre Cícero Romão Batista não era o culpado pelo
desrespeito à sua pessoa, entregando-lhe uma patente fajuta e feita nas coxas.
Floro bartolomeu e Padre Cícero Romão Batista
Algumas
autoridades haviam lhe enganado, um deles, o Floro Bartolomeu que fez tudo para
que o padre recebesse na sua casa, o Virgulino Ferreira da Silva, e entregasse
armas, munições e fardamentos para ele e seus comandados combaterem a coluna
Prestes.
No dia 6 de
março de 1926, Lampião recebeu das mãos do padre Cícero, tudo isto, só que
nesse dia, o deputado Floro Bartolomeu já estava no Rio de Janeiro, e no dia 8,
dois dias após as entregas das armas, munições e fardamentos, Floro Bartolomeu
faleceu solteiro e pobre no Rio de Janeiro, vítima de angina. Era, na ocasião,
general honorário do Exército e deputado federal. Foi enterrado com as honras
de seu posto militar.
Com a decepção
que passou Lampião, ao chegar na sua terra natal Pernambuco, que não foi
considerada a sua patente de capitão, é quase certo que, se o Floro Bartolomeu
estivesse vivo, Lampião teria voltado ao Ceará para acertar as contas com ele,
para não o patentear com falsidade.
Mas mesmo
tendo sido decepcionado ele continuou administrando a sua "Empresa de
Cangaceiros Lampiônica & Cia" sem mais falar na fajuta patente de
capitão.
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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