Por Clerisvaldo B.
Chagas,9 de junho de 2016 - Crônica Nº
1.529
Em nosso
trabalho “Repensando a Geografia de Alagoas”, vamos encontrando situações tanto
como surpresas agradáveis, quanto desastrosas, principalmente no campo. Mas,
dentro do assunto Geografia, um texto simples nos chamou atenção e passamos a
reproduzi-lo. Tem o título: ‘O Vale do São Francisco e a Irrigação’.
(Foto Brasiloeste)
“Em regiões
como a do rio São Francisco ─ um dos poucos rios perenes do semiárido ─construíram-se
canais de irrigação para desenvolver uma agricultura moderna. As lavouras do
vale do São Francisco produzem, anualmente, muitas frutas e legumes. As
videiras (...) dão frutos o ano todo.
Técnicos da
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária ─ Embrapa ─ afirmam que se se
cuidasse do solo, o vale do rio São Francisco, poderia ser tão desenvolvido
como o estado da Califórnia nos Estados Unidos, uma região de características
semelhantes.
Tudo depende
de como serão resolvidos os problemas causados pela agricultura moderna no São
Francisco. A situação do solo e da água piorou na região a partir de 1985,
quando o governo incentivou a irrigação.
Irrigação não é
chuva artificial. É uma técnica de produção de alimentos muito delicada. Exige
conhecimento e especialização. Do contrário, ela pode salinizar os solos, um
processo que se torna ainda mais intenso por causa da evaporação da água
provocada pelo calor.
A irrigação
tem que ser acompanhada de drenagem do excesso d’água. Da mesma forma tem que
se estabelecer as verdadeiras necessidades de água de cada cultura e aplicar
tantos milímetros quanto forem necessários. Especialmente nos climas semiáridos
quando a irrigação é insuficiente e a evapotranspiração é maior há risco de
salinização, se os solos contiverem altos teores de sais solúveis (do tipo
carbonato, normalmente)”.
· Atos
do meio ambiente do Brasil, Brasília. Terra Viva/Embrapa,1996, p. 85.
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