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terça-feira, 2 de maio de 2017

PARA BELCHIOR...

Por Joab Aragão
Belchior

Belchior, 

Vai, sem medo de avião, semear novos cantares nesta nova dimensão. Do ventre desta Sobral levarás ternas lembranças. Na sacola da viagem, um violão companheiro; na alma, ternos suspiros, modulando na amplidão, galos, noites e quintais.

Joab Aragão    


Poetas, também morrem.
Mas a poesia é eterna, posto que é luz.
E, se poesia é luz, quando morre um poeta eclode no céu uma estrela.
E, hoje, vai aos céus uma estrela de brilho raro.
Para Belchior, valem os versos de outro poeta, 
o poeta Manduka, 
que hoje também habita as alturas:
"por isso somos quem somos,
estrelas de um só momento,
mas cujo brilho ameaça
a ordem do firmamento".
Vai-se o poeta e fica a poesia.
A poesia de palavra ácida, 
mas movida por um pensamento doce,
que embalou o fim da minha adolescência.
A poesia de lucidez desesperada,
mas de uma loucura esperançosa,
que conduziu minha juventude.
Mas, se como disse acima,
a poesia é eterna,
não se deve se despedir de um poeta.
Então, boa viagem,h Belchior
e até sempre!
Que fique a lição da tua palavra:
"amar e mudar as coisas me interessa mais..."

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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