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sábado, 26 de agosto de 2017

SEGUNDA EDIÇÃO DO CORDEL: A INCRÍVEL HISTÓRIA DA IMPERATRIZ PORCINA, COM CAPA DE JEFFERSON CAMPOS.

Por Evaristo Geraldo

Essa é a segunda edição do cordel: A Incrível História da Imperatriz Porcina, com capa de Jefferson Campos. Esse e mais outros 60 títulos de cordel de minha autoria estarão expostos à venda na II Feira do Cordel Brasileiro, que acontecerá de 17 a 20 de agosto de 2017-Local do evento, Caixa Cultural da AV. Pessoa Anta na Praia de Iracema-Fortaleza-CE. segue algumas estrofes do folheto:


A INCRÍVEL HISTÓRIA DA IMPERATRIZ PORCINA
Por: Evaristo Geraldo

Vinde a mim, musa poética,
Inspire-me com a verdade;
Ilumine minha mente
Por ordem da divindade
Para eu narrar uma história
De honra e de falsidade.

Nessa história veremos
Calúnia, ingratidão.
Retratamos também honra,
A verdade e o perdão,
Além de fidelidade,
Justiça, fé, gratidão...

Exaltarei nos meus versos
A saga duma heroína,
Mulher que se consagrou
Mesmo sem usar batina.
Falo da mais bela dama,
A Imperatriz Porcina.

No antigo Império Romano
Viveu essa Imperatriz.
Bondosa e inteligente,
Linda tal qual uma atriz.
Ela, ao lado do marido,
Vivia alegre e feliz.

Por esse tempo, a mulher
Era quase escravizada;
Vivia para o marido,
Cumprindo sua jornada.
Nos afazeres do lar,
Sofria enclausurada.

A Imperatriz Porcina,
Feliz no seu matrimônio,
Tinha muitos empregados
E um rico patrimônio,
Pois tinha como marido
O Imperador Lodônio.

Lodônio, o Imperador,
Nunca fugiu dum atrito.
Foi governante imponente,
Não tinha medo de grito.
Com seu exército afamado,
Vencia qualquer conflito!

Fez Lodônio uma viagem,
Deixou Porcina sozinha.
Foi combater inimigos
Em uma terra vizinha.
Porcina ficou entregue
A uma sorte mesquinha...

Deixou Lodônio o palácio
Aos cuidados de Albano,
Seu irmão de confiança,
Mas de coração tirano.
Este, além de ser covarde,
Era vil e leviano.

Albano disse a Porcina
Já com semblante funéreo:
– Porcina, tu serás minha,
Não faças nenhum mistério.
Respondeu ela: – Estás louco?
Eu não pratico adultério!

Albano lhe respondeu:
– Não me faças tal desfeita,
Pois há tempos que te quero,
Sempre foste a minha eleita.
Vamos unir nossos corpos
Em uma união perfeita.

Retrucou Porcina: – Albano,
Tu és vil e traiçoeiro!
Não pense que serei tua;
Só matando-me primeiro.
Casei para ser de um homem,
Jurei ao Deus verdadeiro.

Albano viu que não tinha
Como consumar seu plano,
Pois Porcina não cedia
Ao seu ardil leviano.
Saiu jurando vingar-se
De tamanho desengano.



Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

http://blogodmendesemendes.blogspot.com

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