Clerisvaldo B. Chagas, 11 de maio de 2022
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.700
Não é fácil
chegar a 2.700 crônicas. É preciso muito amor e dedicação aos escritos.
Lembro-me de uma oportunidade quando me achava no Colégio Divino Mestre e o
professor Valter Filho me fez um convite para escrever crônicas no seu site.
Como estava precisando fazer alguma coisa entre uma publicação e outra de
livros, aceitei na hora. A minha primeira crônica na Internet estava muito
motivada e crítica sobre compra de votos. Antes, porém da Internet eu tinha
publicações de crônicas na “Rádio Correio do Sertão”, na voz do saudoso Edilson
Costa sempre às 12 horas, com o nome de “A Crônica do Meio-Dia”. Com seu
vozeirão e modo de lê, o homem dava vida ao que estava escrito. Uma crônica
diária anos a fio, é mais do que “matar um leão por dia”.
Passei a
reforçar o site “SantanaOxente” que funcionava na época como opção do
noticiário sertanejo e hoje é destaque no mundo da informação. Daí em diante os
nossos trabalhos foram sendo divulgados em outros sites e os artigos chegaram
em muitos países onde são apreciados diariamente. Entretanto, a fidelidade
SantanaOxente continua e o lugar dos Blogs abriga também o nosso. Mesmo assim
achamos que deveria haver maior visibilidade ou chamada especial, porém, quem
procura acha. Santana do Ipanema está bem servida de órgãos noticiosos cada um
com seu formato e estilo. Uma contribuição importantíssima que teve início com
a Rádio Correio do Sertão, relíquia para o mundo sertanejo e que foi ampliada
para outras rádios, sites e blogs.
Continuo grato
ao Valter Filho, também conhecido como Valtinho. Já tentei visitá-lo
ultimamente, mas nunca deu certo. Torço, porém, que o seu site – feito e
mantido com muita garra – esteja a cada dia melhor no conteúdo, no formato e no
alcance de tantas mensagens importantes, cujo Sertão precisa divulgá-las. Por
outro lado, desejo-lhe muita saúde, inspiração e sucesso contínuo.
Crônicas no
geral registra o cotidiano. Inclusive as coisas simples e mais simples que
acontecem diante das multidões e só o cronista ver. E por mais desinteresse que
ela cause no momento, não deixa de ser registro importante para o futuro quando
novos pesquisadores e historiadores sobre elas se debruçarão. Sem vaidade, acho
que eu e o Valtinho merecemos um champanhe.
ENCONTRO CASUAL COM VALTINHO NA CÂMARA DE VEREADORES, EM TRAJE DE GUARDIÃO DO RIO IPANEMA. (FOTO: ARQUIVO DE B. CHAGAS).
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